Carol Ragozzino: Conhecendo o tratamento da Celulite

E o Novo Ano chegou, Feliz 2020! E com ele herdamos aqueles quilinhos a mais, junto com o edema (inchaço) e a famosa celulite. Hoje vou falar um pouco sobre a celulite, seus mitos e do seu tratamento. Na matéria da semana passada abordei sobre a Drenagem linfática manual, sobre seus benefícios e como ela é realizada. Se você não leu, ainda dá tempo! Mas se você já está inteirado do assunto saiba que umas das ferramentas mais importantes para o tratamento da celulite é a drenagem linfática manual.

Mas antes tenho que avisar a vocês, caros leitores, que o verdadeiro nome da celulite é na verdade Fibro Edema Gelóide (FEG), isso mesmo, o nome celulite é utilizado erroneamente porque o “ITE” remete a uma inflamação, e a FEG não é uma inflamação. A FEG é constituída por pequenas células localizadas na camada superficial do tecido adiposo (gordura), provocando uma modificação na textura do tecido, uma retenção hídrica, uma formação de tecido fibrótico, uma distrofia local, um aumento de lipídios e também uma aparência gelatinosa.

O Fibro Edema Gelóide (FEG), celulite, é um problema prevalente em mulheres, que causa sérias complicações, como dores intensas, distúrbios emocionais, podendo levar a uma imobilidade parcial dos membros inferiores, está associado com a insuficiência venosa crônica no nível de membros inferiores, podendo ocorrer sintomas como câimbras, sensação de peso, parestesia, entre outros. 

De acordo com a classificação proposta por Ulrich, existem três graus de FEG: I, II e III. Classificações: 

  • Grau I (leve): ocorre quando as alterações cutâneas são percebidas somente durante a compressão dos tecidos; (teste de casca de laranja)
  • Grau II (moderado): apresenta alterações cutâneas de forma espontânea, sem compressão dos tecidos; 
  • Grau III (grave): apresenta alterações cutâneas tanto em posição deitada ou em pé, ficando com a pele enrugada e flácida adquirindo a aparência do chamado saco de nozes. 
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 A causa é multifatorial, sendo considerado como principal fator desencadeante as questões hormonais, e fatores predisponentes, os de origem genética, sexual, étnica, pelo biótipo corporal, pela distribuição de tecido adiposo, e dentre os agravantes, os hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, estresse, medicamentos e gravidez.

O Tratamento é de longo prazo, que além da drenagem linfática, requer uma equipe multidisciplinar como a Nutricionista e o Educador Físico, observando melhora considerável em 10 sessões de drenagem linfática manual, com duração de 45- 50 minutos, com frequência de 2 a 3 vezes por semana, em dias espaçados. Pode-se associar cremes com princípios ativos que estimulam a circulação superficial, com o objetivo de otimizar o tratamento, diminuindo o aspecto da casca de laranja. 

Agora que você já sabe o que acontece, nada melhor do que começar o ano se cuidando corretamente, sempre procure profissionais da área da saúde especializados. Até a próxima!

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