Alguns síndicos e moradores de condomínios acreditam que o simples fato de instalar equipamentos de segurança proporciona nível de segurança desejado.
Ledo engano!!!
Empresas que instalam CFTV, alarmes e cercas perimetrais conhecem bastante sobre o equipamento que vendem, mas, geralmente, pouco conhecem sobre segurança patrimonial, pois seus colaboradores não são especialistas em análise de risco.
Mas como cheguei a essa conclusão?
É muito simples!
Não precisa ser especialista formado em segurança privada para verificar que em condomínios residenciais e comerciais é comum encontrar equipamentos instalados da forma errada ou até mesmo em posicionamento desfavorável, facilitando, assim, que muitos sejam invadidos por marginais amadores, principalmente menores de idade. Mesmos usuários de drogas têm aproveitado dessas fragilidades.
Para materializar a intenção deste artigo, verifique a fotografia a seguir:
O condomínio investiu em dois tipos de equipamentos de proteção perimetral, ou seja, cerca sensoreada com fios e sensores infravermelhos. O leitor encontrou alguma vulnerabilidade que permite a algum criminoso penetrar no edifício?
Se está em dúvida é só verificar a sinalização abaixo:
Observe que existe uma mureta praticamente no mesmo nível que a fachada envidraçada, onde localiza-se, provavelmente, algum tipo de medidor de energia ou água. Seria extremamente fácil a qualquer marginal subir nesse local, agarrar-se ao muro lateral e transpor a área onde situa-se o sensor infravermelho e, sem dispará-lo, adentrar ao condomínio de forma sorrateira.
Portanto, fica um alerta aos síndicos e gestores de condomínios residenciais e comerciais para que antes de gastarem em equipamentos físicos e eletrônicos de segurança, que contratem profissional especialista em segurança condominial para que realize análise de risco no local a ser protegido e apresente o consequente detalhamento das melhores soluções em segurança e, principalmente, sem exageros.
Esse procedimento evita o risco de se investir em equipamentos e não ter o nível de segurança desejado.
JORGE LORDELLO
Imagens:
1-) Freepik
2 e 3: Enviadas pelo colunista