Até parece grito de guerra de torcida de futebol: “Juntas somos mais fortes e vamos mais longe!”
Particularmente acredito muito nisso e vejo um grande movimento de mulheres em associações e confrarias, cada uma com um propósito e identidade própria.
Se individualmente cada grupo tem força, imagine o que acontece quando parcerias são estabelecidas.
Há 3 meses atrás recebi um convite para participar de um projeto desafiador.
Tenho uma amiga conhecida como catadora de sonhos, ela preside uma ONG com foco em sustentabilidade e educação e trabalhamos em conjunto.
Já me acostumei com nossas reuniões onde ela imagina ações para limpar o oceano e ensinar as crianças sobre a importância da preservação das espécies marinhas, mentalmente ela vai criando brinquedos artesanais, tartarugas de crochê e peixinhos de tecido.
Ouço atentamente e me preparo, sei que esses sonhos se transformarão em realidade.
Desta vez ela explica que quer amparar 2 mil pessoas do litoral norte de SP e para isso, cria uma rede colaborativa com várias ONGs, faculdades, rádio, empresa de tecnologia e organizações públicas e privadas.
A primeira reunião foi o lançamento do projeto, a definição do trabalho que teríamos pela frente, todos se apresentando e se conhecendo. Ainda timidamente fomos entendendo a expertise de cada um e porque fomos escolhidos para participar.
As reuniões acontecem todas as segundas-feiras, no mesmo horário e dificilmente alguém deixa de comparecer, numa clara demonstração de comprometimento.
Somos todos voluntários, cada um de nós representa uma entidade, mas aqui deixamos as bandeiras de lado para vestir a camisa do projeto, não há espaço para egos gigantes nem competição, juntos abraçamos a mesma causa.
A meta inicial já foi superada, conseguimos fazer mais do que o esperado, numa clara demonstração do grau de envolvimento do grupo.
Para mim está sendo um grande aprendizado, finalizamos cada reunião com palavras, na última anotei: semear, regar, união, solidariedade, coragem.
No decorrer destes meses presenciamos cenas inesquecíveis, as artesãs trabalhando nas máquinas de costura, a geração de renda, a confecção de mimos artesanais, cartinhas escritas a mão, a entrega das máscaras e de kits de presentes para as pessoas que trabalham na linha de frente.
Tivemos momentos de cansaço, alguns dias difíceis, outros felizes, momentos de dar risadas, descontrair, corrigir a rota, mudar de estratégia e comemorar conquistas.
Ouvi de uma colaboradora: ” Quando a gente cresce como pessoa, cresce também como profissional. ”
A grande lição é que vale muito a pena investir em parcerias e alianças, afinal, qual a graça de viver solitária e isolada?
Você pode até conquistar algo, mas vai comemorar sozinha…
O oposto é sentir a energia transbordante da vitória de um grupo, é levantar a cabeça com ânimo renovado, é ter esperança e acreditar que juntas somos invencíveis!
Lilian Schiavo
Uma resposta
Excelente Lilian Schiavo. Parabéns