Jorge Lordello: Como diferenciar um estranho inofensivo de alguém potencialmente perigoso de quem posso vir a ser uma vítima?

Diversas pessoas fazem parte de nosso cotidiano. Com muitas interagimos, outras apenas cruzam nosso caminho. No geral, podem ter o seguinte espectro:

1) Parentes/Amigos/Conhecidos

2) Estranhos

3) Perigosas

Classifico como perigosa a pessoa que deseja praticar algum mal a alguém, ou seja, um criminoso.

Quais são as 4 etapas de um assalto?

1) Pré-eleição do alvo: quando o bandido está escolhendo quem será a vítima da vez

2) Identificação do alvo: a vítima é escolhida, geralmente por demonstrar algum tipo de vulnerabilidade

3) Análise de Risco: o marginal busca verificar todos os aspectos em relação a própria segurança; avalia a localidade antes da abordagem

4) Ataque: o bandido inicia crime partindo em direção da vítima

Mas como diferenciar um estranho inofensivo de alguém potencialmente perigoso de quem posso vir a ser uma vítima?

Essa é a intenção deste artigo; ofertar ferramentas suficientes para o leitor manter distanciamento seguro de marginais e assim não se tornar estatística fria da polícia.

Quando focamos segurança pessoal, analisando sinais aparentes, podemos facilmente caracterizar as pessoas que cruzam nosso caminho de duas formas, quais sejam: amistosas ou inimigas.

Marginais, quando estão buscando possíveis vítimas para abordar, normalmente, ofertam o que chamo de “sinais exteriores da violência”.

Estudos psicológicos revelam que, momentos antes da prática delituosa, os criminosos produzem, inconscientemente, comportamentos indicadores de sua intenção.

Acompanhe o procedimento padrão daqueles que estão escolhendo a próxima vítima:

-Antes de agir, bandidos escaneam o local para obter visão completa do terreno e assim localizar possíveis rotas de fuga, número de pessoas no local, se algum policial está por perto e etc.

-O passo seguinte é dirigir plena atenção na vítima escolhida visando saber se está atenta ou desatenta e vulnerável

Veja Também  Jorge Lordello: Corrida por fora do aplicativo: Você arrisca?

É claro que nessa fase o estado emocional do bandido está alterado, pois sabe que ao iniciar a prática criminosa poderá ser morto ou preso. Esse sentimento de ansiedade e estresse eleva sobremaneira sua taxa de adrenalina

Quais os sinais não verbais ofertados pelo meliante quando ainda está decidindo se irá ou não iniciar o assalto à mão armada?

-Movimentos constantes das mãos;

-Mexer repetidamente na vestimenta ou passar a mão pelo corpo (auto carícia) evidencia adrenalina na corrente sanguínea;

-Movimentos repetidos e alternados entre mãos, pés e cabeça, demonstram impaciência e agitação;

-O ato de mexer na cintura pode ser pelo fato de estar arrumando a arma escondida;

-Tensão muscular nos membros superiores, pois os músculos estão se preparando para entrar em ação;

-Queixo levemente levantado e projetado para frente significa agressividade e desafio. Punhos serrados indica raiva e risco iminente de agressão física.

 

Mas o que é possível fazer se pressentir que poderá ser vítima de crime?

-A distância é sempre inimiga da ação do bandido. Assim, procure manter pelo menos 20 metros daquele que está lhe ensejando receio de assalto;

-Atravesse a rua e observe se o suspeito faz o mesmo. Se ele acompanhar, as chances de que quer praticar algum crime contra você é grande;

-Procure caminhar apressadamente para local com maior número de pessoas;

-Não permita que o suspeito feche o cerco; mude de direção da rua se necessário;

-Se vislumbrar algum comércio nas imediações, entre e busque auxílio.

O leitor deve ter observado que uma provável vítima tem várias formas de se esquivar do suspeito. O mais provável, é que nesse curto espaço de tempo o criminoso opte por desistir por perceber que seu alvo o reconheceu e busca fuga.

Veja Também  Lilian Schiavo: Fórmulas mágicas

Tenha em mente, que marginais que praticam crimes nas ruas focam nas pessoas com guarda totalmente aberta, ou seja, procuram identificar fisiologicamente as que estão distraídas e desligadas quanto ao item segurança.

Lembre-se que a melhor defesa não é o ataque e sim as armas chamadas prevenção e proatividade.

Jorge Lordello

Loading

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Compartilhe esta notícia

Mais postagens