Olá, pessoas.
Estou aqui na minha solitude deste isolamento social, olhando para minha planta Espada de São Jorge, para meu porco de pelúcia que se chama Zé Roberto, para a TV que coloquei no mute para poder escrever, pensando no que traria para vocês na coluna de hoje de número 34.
Aaah…falar que a Federação Paulista de Futebol quer levar o Campeonato Paulista para outro estado era aproveitar que Mercúrio (planeta da comunicação) está em Peixes (meu signo) para desabafar minha insatisfação e falar mais do que eu poderia, fazer você meu querido leitor, até desistir do meu texto, porque está evitando ficar ainda mais chateado com esta pandemia (se é que isso é possível, ficar mais chateado do que já estamos).
Eis, que no meu tempinho do café, eu me deparo com um desabafo surpreendente: George St- Pierre, o ex-lutador de MMA disse que odeia luta, que é algo insuportável. Uma frase que me deixa reflexiva, já que ele lutou por 15 anos.
St-Pierre era o cara que eu amava vê-lo lutar, porque ele sempre ganhava. Das suas 28 lutas, ele venceu 26. Ao longo da sua breve carreira, venceu 13 lutas valendo cinturão das 15 que disputou. Ele era incrível lutando e me lembro o quanto os amantes do MMA lamentaram sua aposentadoria em 2019 (eu era uma delas, porque adoraria vê-lo ao vivo um dia). Ele dizer isso pra mim é como se o Cristiano Ronaldo depois de se aposentar falasse que odiava jogar futebol…mas, como assim?
Então, com os olhos esbugalhados já me perguntei mentalmente, como que então ele conseguiu continuar fazendo algo que odeia? Aí, na sequência o ex-campeão peso meio-médio e peso-médio afirmou que quando se vencia uma luta, valia a pena. Fez, não porque amava lutar e sim, ganhar. Fiquei olhando para o Zé Roberto reflexiva…
Eu parei pra pensar e sei o quanto esta realidade de fazer algo que não gostamos pode fazer parte de nossas vidas parecendo tão natural e comum. Quantos outros atletas poderão estar passando por isso, já que enxergamos somente o glamour da fama (quando há), sem decerto saber das suas lutas diárias? Ao menos St-Pierre se agarrava numa recompensa para continuar lutando, né?
E, se pensar o contrário? Quantos atletas frustrados, talentos desperdiçados temos por aí, por não ter conseguido uma oportunidade para fazer o que ama? Este cenário certamente deve ser muito maior que a pauta em questão.
É até engraçado lembrar das frases motivacionais de St-Pierre, mas ao mesmo tempo é interessante pensar que mesmo odiando o que fazia, ele buscava sempre fazer o seu melhor, para estar entre os melhores. Ele conseguiu.
Termino com uma frase massa dele: “O perigo não é definir seu objetivo muito alto que não consiga alcançar. É definir seu objetivo muito baixo e alcançá-lo”.
Até semana que vem! E se puder, fique em casa.
Paty Santos
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Imagem 01: Mania MMA
Imagem 02: UFC Brasil
Uma resposta
desculpa, eu só consigo rir do “Zé Roberto” hahahahhahah
mas sobre a luta, acho que é algo que deveria ser refletido.