De cada 10 e-mails que recebo, cerca de 40 a 50% são propagandas ou tentativas de golpes.
Portanto, caros leitores, temos que ter muito cuidado, principalmente com propostas mirabolantes, como uma que recebi na semana passada na minha caixa de mensagens e que vou dividir com vocês:
“Meu nome é Monica Beltran, sou advogada de um investidor brasileiro aqui no Togo. No dia 31 de janeiro de 2013, durante a crise na Líbia, meu cliente e toda sua família, dois meninos, uma menina e esposa, foram assassinados por rebeldes do líder da oposição porque ele o apadrinhava politicamente. Há poucos dias, o banco onde o falecido tinha um depósito, no valor de US $ 7,2 milhões, emitiu um aviso para o parente mais próximo ao meu cliente se apresentar para receber seu benefício ou a conta será confiscada e toda essa fortuna irá para o governo local. Por isso, estou entrando em contato com você para me ajudar a repatriar esse benefício deixado pelo meu cliente. Eu garanto que isso será executado sob um acordo legítimo que o protegerá de qualquer violação da lei. Você e eu poderemos compartilhar: 50% para mim, 50% para você. Por favor, se tiver interesse, responda imediatamente este e-mail. Com os melhores cumprimentos, advogada Mônica Beltran”.
O leitor pode estar pensando:
“Mas Lordello, quem vai cair numa lorota dessa?”
Acredite, o velho Golpe do Bilhete Premiado continua a ser aplicado a todo vapor pelos quatro cantos do Brasil. Acontece principalmente no início do mês, quando trabalhadores recebem o salário. Muitas vítimas comparecem às delegacias de polícia para registrar ocorrências versando sobre estelionato. Daí, conclui-se, que se têm tantos golpistas no mundo real e também no virtual, é por que existem pessoas, que em razão da ganância ou pela vantagem rápida, acabam se tornando vítimas de larápios.
Jorge Lordello
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