Talvez não percebemos, mas a forma como fomos criados nos inibiu a conhecer e explorar mais sobre o que é “SEXUALIDADE”.
Essa repressão não vem de hoje, isso já é muito antigo, digamos que na pré-história já existia a repressão sobre o conhecimento do termo SEXUALIDADE X SEXO.
Em um passado não muito distante nos anos 60,70,80 e 90, os ideologistas, moralistas, pais conservadores e políticos da época, contra a educação sobre orientação sexual e a igreja, não permitiam que se falassem ou abordassem sobre o tema, seus argumentos eram que estariam excitando as crianças e adolescentes a fazerem sexo, algo como tido proibido.
O diálogo sobre sexualidade deve começar desde cedo, por faixa etária, falando abertamente, e ensinando de modo que venha a fortalecer as emoções, (psicologicamente falando) e sentimentos ao longo da vida com a mudança do corpo.
A submissão destes assuntos, nas escolas, em casa ou mesmo entre os adolescentes da mesma faixa etária, é uma prevenção para doenças, estupros e até gravidez indesejada na adolescência. Na fase adulta ajuda no conhecimento do própria corpo e contribui para relações sexuais prazerosas.
Sabemos que ainda há uma distorção do tema sobre o que é sexualidade e sexo, portanto vamos desmistificar um do outro. Muitas pessoas confundem estes dois termos, achando que abordar sobre o tema sexualidade e ensinar a fazer sexo.
A sexualidade começa no momento do nascimento, está ligado a fisiologia do ser humano a tudo aquilo que somos capazes de sentir e falar, não é possível falar da sexualidade sem falar do corpo e falar do corpo sem falar de sexualidade e ambos estão interligados
Quando falamos de sexualidade não podemos deixar de falar sobre alguns temas que fazem parte de um conjunto da sexualidade são eles:
Gênero, ser homem ou ser mulher, jeito que cada um se comporta, influenciado pela cultura ou religião.
Identidade de gênero, vai formando a partir dos três, quatro anos de idade até os doze anos, quando a criança se identifica com a roupa ou mesmo um brinquedo que sem distinção pode ser de menino ou menina.
Orientação sexual, fala sobre a preferência sexual, se o sujeito é assexuado, bissexual, homossexual ou heterossexual.
No entanto a abordagem sobre sexo, deve ser focada nos órgãos genitais masculino e feminino, relação sexual, órgãos reprodutores, sensualidade e prazer sexual.
Cada vez mais se faz necessário falar sobre este tema, estamos vivendo uma era de liberdade sexual, não há idade para falar sobre o assunto, por isso não tenha medo de procurar um psicólogo ou mesmo um sexólogo em caso de dúvidas.
Falar sobre o assunto, é uma forma de quebrar paradigmas, uma maneira de educar, ensinar e prevenir intercorrências sexuais no futuro, a conversa pode ser iniciada a qualquer momento, para isso, quebre tabús.
Sueli Oliveira
A Psicóloga.
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Imagem: Canal do Ensino