Recentemente, ao passar na frente de um prédio, notei que no interior da clausura de autos, o vigilante estava sentado num banquinho de madeira, debaixo do ombrelone, segurando o celular.
Ele não tirava os olhos do aparelho, parecia magnetizado com o que estava vendo.
Parei na frente da entrada da garagem por 6 minutos e ele não me viu, sua atenção era toda para o smartphone.
No mesmo dia, visualizei uma viatura da polícia estacionada, sendo que um policial estava dentro e o outro em pé ao lado da porta aberta do veículo. Ambos estavam de cabeça baixa, concentrados nas telas de seus celulares.
Nesses dois casos a segurança pública e privada perdeu para dependência gerada pelo celular.
No trânsito, então, é fácil ver motorista dirigindo com o celular na mão. Pela distração dos condutores, que priorizam ler de imediato as mensagens recebidas, muitos acidentes acontecem, alguns deles até com o evento morte.
Diversos estudos têm demonstrado os impactos negativos do uso constante e exagerado do aparelho celular. O transtorno psicológico pode gerar problemas como a falta de concentração, sedentarismo, má alimentação e até depressão.
Acredite se quiser, existem mais celulares do que habitantes no Brasil. Os brasileiros passam, em média, 9 horas e 32 minutos por dia no aparelho, o que representa quase 60% do tempo que ficam acordados.
Já está provado que o excesso de estímulos visuais e auditivos pode prejudicar a capacidade de concentração e de memorização. Ninguém duvida que o celular trouxe enormes vantagens para nosso dia a dia, mas, entre outros, o uso inadequado, acabou trazendo sérios prejuízos para a segurança pública e privada, em todas as suas vertentes.
O problema a ser enfrentado é grave e posso garantir que a solução não será simples.
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