Albert Einstein, eu e você

Bom dia meus amigos queridos,

Esta semana eu li uma frase de Albert Einstein e me fez pensar nas dezenas de conversas que eu e a minha esposa temos com pessoas que participam das nossas atividades. A frase era a seguinte, “Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre”.

Dito isto, eu vejo toda hora gente que acorda, começa o dia de trabalho, volta para casa, e vive uma rotina que é incapaz de ver o milagre no brilho do sol, o milagre de ouvir as batidas do coração, o milagre na troca das estações: primavera, verão, outono e inverno passam desapercebidamente. Tudo tem a mesma cor, tudo tem o mesmo cheiro, tudo tem a mesma textura. Você conhece gente assim?

Tem gente que não se dá conta do milagre que é o encontro humano, tem gente que não percebe o milagre da generosidade inesperada de alguém que você acaba de conhecer. Tem gente que a vida se tornou uma grande roda de hamster. O milagre do abraço, o milagre do nascimento de uma criança, o milagre de ver a filha crescendo, o milagre de andar de mãos dadas com a esposa, o milagre de uma conversa agradabilíssima com um amigo.

Aliás, eu vejo toda hora gente que se blinda e se torna impermeável.

Eu vejo toda hora gente que se tornou incapaz de acordar de bom humor, tudo se tornou extremamente negativo, gente que vive constantemente a síndrome da hiena Hardy produzida pelo Hanna-Barbera, e vive dizendo “Oh céus, Oh vida, Oh azar”!

Isto posto, um dos exercícios espirituais mais fascinantes tem a ver com a capacidade de olhar, perceber, identificar e ler o que está bem diante dos nossos olhos.

Parece tão óbvio, mas infelizmente não é!

A gente começa assim. A gente começa pelo começo.

Não é à toa que na tradição cristã encontramos uma descrição simples dentro de uma das narrativas dos evangelhos. Mas a gente lê tão rápido que não percebemos o princípio básico de um ensinamento que está bem na nossa frente.

De modo que Jesus está dizendo aos seus discípulos, “Olhem os lírios do campo, que não trabalham nem tecem! E contudo nem Salomão em toda a sua glória se vestiu tão bem como eles”.

O ensinamento de Jesus tem a ver com o fato de que existe alguém, existe um Pai nosso que está nos céus, existe um milagre do cuidado e do carinho de Alguém que cuida de mim e de você diária e constantemente. No entanto, para que eu possa ler a vida com estas lentes e enxergar através dos filtros que tem a ver com a maneira de perceber, notar, se dar conta que os milagres me cercam toda hora, os milages se aproximam de mim todos os dias, os milagres me habitam diariamente, eu tenho que olhar.

Simples assim. Eu vou repetir. Eu tenho que olhar!

“Olhem os lírios do campo…

Será que você pode fazer este exercício hoje? Será que você pode praticar este princípio de “olhar” nesta semana? Será que você pode abraçar alguém que você ama com um “olhar” diferente?

Faça este exercício, porque hoje o milagre de existir te convida a “olhar” e se alegrar por mais um dia que acaba de nascer!

Eu te desejo uma ótima semana.

Até a próxima.

Collonges-au-Mont-d’Or

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