Bom dia meus amigos queridos,
Você tem amigos que são para toda a vida? Quais são aquelas pessoas que você vê com bastante frequência e são os teus amigos? Quais são aquelas outras que você não vê com tanta frequência, mas parece que quando você as vê, a conversa recomeça de onde exatamente você parou na última vez que você as viu?
As minhas amizades me confirmam cada vez mais que eu estou ficando “velho”. No próximo sábado eu faço 49 anos. Neste fim de semana aproveitei que a minha esposa foi à Madri, peguei as meninas e fomos para Montreux que está a menos de 3 horas de Lyon de carro.
Sempre quando estou por aqueles lados, me reencontro com um “vizinho” que mora em Lausanne. Simon é um suíço que fala Romanche, um dos idiomas oficiais do país, e tem sido o meu amigo desde o dia que nos conhecemos em Toronto no ano 2000!
Nos encontramos no Canadá. Passamos quase 3 meses juntos estudando inglês na mesma escola em Toronto. Fomos no cinema assistir Gladiador no último dia de aula, ele me deu um chocolate Toblerone e nos despedimos. Não havia WhatsApp. Não havia suficiente tecnologia para ficarmos em contato. Mas ficamos em contato através de e-mails.
Pois bem, a vida me trouxe de volta para a Europa em 2005 e nos vimos novamente em Zurique. Naquele ano conheci a sua família nas lindas montanhas suíças onde todos falavam Romanche e viajamos por quase duas semanas intensamente por todos os lados do seu lindo país. Nos despedimos, e jamais imaginei que seria contratado por uma empresa européia e trabalharia em Barcelona.
Dito isto, seguimos em contato e viajámos juntos para Amsterdam. Ele veio de Zurique. Eu fui de Barcelona até Amsterdam. Mais um reencontro.
Logo depois, ele veio me visitar em Barcelona duas vezes. A primeira vez eu ainda estava solteiro. A segunda vez, ele conheceu a Johnna porque era exatamente durante a celebração da nossa festa de noivado em 2011. Eu novamente me despedi do Simon porque havia decidido morar nos Estados Unidos.
Ora, a nossa comunicação seguia via e-mail.
Até que ele apareceu na Flórida com a sua noiva. Nós morávamos em Saint Petersburg. O Simon nos apresentou uma garota francesa e nos disse que se casaria. Por outro lado, eu também tinha notícias: Eu lhe disse que moraríamos no Japão.
Fomos para o Japão e os anos se passaram.
O Simon se casou e foi morar em Lausanne.
A vida me trouxe para Lyon. Nos tornamos “vizinhos”.
A nossa comunicação se tornou frequente via WhatsApp.
Neste fim de semana colocamos a conversa em dia mais uma vez. No entanto, amizade é assim: sempre fica algo pendente para falar e outros tantos assuntos que começamos a conversar em alguns dos nossos encontros, ficarão para qualquer reencontro no futuro próximo.
A amizade faz cada uma das nossas conversas recomeçarem com risadas e muita descontração como se tivéssemos visto um ao outro ontem mesmo.
A amizade nos ajuda a ver o valor incomparável que cada ser humano tem.
A amizade nos ensina a importância de falar com alguém que nos quer bem, mas é na amizade que encontramos o valor encorajador e o poder de apreender o significado de escutar, fazer perguntas, sentir o que o outro está sentindo com empatia e compaixão.
A amizade é um exercício de paciência.
A amizade jamais será uma corrida de 100 metros, ela é uma maratona.
A amizade tem um valor espiritual indizível porque cada um de nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus – independentemente da cultura, raça, cor da pele, língua e pedigree.
Eu te convido hoje a pensar em cada amigo que você tem. Eu te convido a escrever para alguém que você há muito tempo não fala ou ouve, mas que é o teu amigo.
Eu te convido a se encher de gratidão por cada amiga que você tem. Eu te convido a fazer uma prece por cada um dos seus amigos com alegria de saber que você pode contar com cada um deles.
Até a próxima!
Collonges-au-Mont-d’Or
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