Brasil de Rebeca Andrade e Lorena fazem história nas Olimpíadas de Paris

Brasil é Reverenciado nas Olimpíadas
Foto: Rebeca reverenciada

O Brasil reverencia para sempre a história da ginasta Rebeca Andrade, nascida em Guarulhos, criada sozinha pela mãe e de um projeto social se tornar a maior medalhista do país em Olimpíadas com seis medalhas – atualmente atleta do Flamengo. Superando nomes como Torben Grael e Robert Scheidt (5) – na vela. Já no futebol feminino estamos vendo a goleira Lorena, do Grêmio, fazendo valer que um grande time começa por uma arqueira diferenciada. Gigante. Muralha lidera às estatísticas de mais defesas no Jogos, sendo que, foram dois pênaltis defendidos.

O Brasil de Rebeca Andrade

Rebeca, por sua vez, na última segunda-feira (5), ganhou da maior atleta olímpica na ginástica, que é Simone Biles Americana não sofria uma derrota no solo desde 2015, em um campeonato nacional. Desde então, foram dois ouros olímpicos e quatro títulos mundiais. A Brasileira nunca escondeu a admiração por Biles, sem perder sua confiança que a levou para o auge do olimpo gerando até uma reverência das rivais que foram prata e bronze na disputa durante a premiação. Épico. Aos 25 anos ainda não crava se estará em Los Angeles em 2028.

Enquanto o futebol feminino desafiou a lógica com duas derrotas na primeira fase, mas por critérios de desempate alcançou o mata-mata. Superada pelo Japão nos acréscimos, mesmo com brilho de Lorena e Espanha, foi para às quartas de final enfrentar as donas da casa, a França, a qual nunca tinha vencido. Venceu. Gabi Portilho foi o nome do gol da vitória, mas a camisa 1 de novo fez a diferença e já tinha pego um pênalti das francesas.

Pela semifinal reencontrou às espanholas e foi diferente. Dominante desde o início, superou com um 4 a 2 e Lorena pegando tudo e mais um pouco. Inclusive impediu uma possível reação da Espanha, quando estava com dois gols de vantagem e fez duas belas defesas em finalizações de fora da área. Apesar de tudo isso, Hermoso, estrela da equipe adversária, afirmou que a seleção brasileira não joga futebol. Mas esqueceram de avisar a má perdedora que há diferentes formas de se jogar e ganhar.

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Além disso, o Brasil volta a uma final olímpica depois de 16 anos. Foram duas consecutivas – teve 2004. Nas duas vezes, o EUA era o rival e nos venceu. No meio disso tudo, aquela geração ainda disputou a final da Copa do Mundo da categoria e foi derrotada pela Alemanha, em 2007.  As alemãs, aliás, assim como a Espanha, eram atuais campeões enfrentando a seleção em semi olímpica e tomou quatro gols – presságio? Não sabemos. Afinal queremos um resultado diferente pela icônica medalha de ouro. Mesmo assim, de forma geral, foi uma das maiores vitórias da história do futebol brasileiro, independentemente do gênero, contra Carmona, Bonmatí, Putellas, Paruello e cia.

Não há dúvidas que Lorena, Yaya, Gabi Nunes e Portilho, Adriana, Priscila, Kerolin, Tarciane e Lauren, tiveram a áurea guiada pelas cavaleiras de ouro que guiaram a categoria como Sissi, Pretinha, Rosana, Ju Cabral, Alline Calandrini, Aline Pellegrino, Marta, Cristiane e Formiga, ao melhor estilo do anime Cavaleiros do Zodíaco.

 

Vale ouro

Lorena brilha contra a Espanha e repete feitos dela nas Olimpíadas de Paris em 2024 - FIFA
Lorena brilha contra a Espanha e repete feitos dela nas Olimpíadas de Paris em 2024 – FIFA / Getty Images

Lorena, por si só, hoje, vive uma felicidade e uma recompensa pela atleta que tentou uma oportunidade e foi reconhecida no Centro Olímpico, com 27 anos completados depois de nascer em Ituverava, interior de São Paulo. Depois de lá, passou pelo Sport, até chegar ao Grêmio. Já morando no sul há cinco anos, com a sua esposa e família, não passaram ilesos da maior tragédia da história do Estado e ainda, sim, o seu roteiro na vida e no esporte, está sendo atualizado em tempo real, pois será finalizado no sábado (10), quando o duelo com os EUA acontecerá a partir de 12h.

O Parque dos Príncipes, palco do jogo, tem capacidade para quase 49 mil pessoas. Os fãs poderão ver um Brasil que perdeu em Atenas (2004) e Pequim (2008), guiada pela arqueira brasileira, contra essa geração transicional americana. Favoritas. Mas não imbatíveis e com duas prorrogações nas costas, nesses Jogos Olímpicos de Paris.

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Para finalizar, a seleção brasileira está com um tabu de 10 anos sem vencer as americanas. A última foi em 2014, em torneio amistoso em Brasília, realizado no mês de dezembro, por 3 a 2, com um hat-trick da Marta. Esse foi só o quarto triunfo em 42 confrontos – as duas mais marcantes foram no Pan-2007 (Rio de Janeiro) e na Copa do Mundo (China), no mesmo ano – a trilogia é possível, sim.

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