E essa leveza que vem de mansinho e me encanta… que sorri quando se envergonha, que de olhar te invade, que adoça sem pesar a mão.
Essa leveza que transpassa os sentidos sem nem tocar, que viaja no mesmo barco sem controlar, que é escuta ativa e vai ganhando espaço sem pedir…
Essa leveza que colore dias cinzentos, que afaga com as palavras certas, que inunda o cálice, sem invadir…
Ah, esse fechar de olhos de repente, esse abraçar profundo e sorrateiro, esse verbo conjugado em todos os tempos, sem pressa de acabar
O que é esta leveza que de real, foi abrindo frestas, janelas da alma escancaradas, meio dia, meia noite, pouco importa a hora … segredos que saem do pedaço de papel e voam livres no vento da boa nova.
Leveza de olhos quais espelhos d’água límpida, o descortinar da manhã, o cheiro de terra molhada, brisa do mar, água de beber os sonhos.
Eu me demoro neste compartilhar de lucidez e me embriago desta linda loucura. Tão sā.
Tão parecida.
Leveza de fechar as cortinas da vida lá fora e só ser. Inteira e imensa.
Primavera inesperada que traz o fruto da semeadura.
Verão os filhos dessa história linda.
Em linhas, imagens e voz.