Paty Moraes: Crise de abstinência do celular, você já sentiu?

Você já ficou sem celular um dia? Eu fiquei por algumas horas e me senti um ratinho de laboratório. Tremi de abstinência, de nervoso, fiquei perdida no meio da cidade sem poder chamar um táxi por aplicativo. Até pensei em pegar um na rua, mas sabia que me sairia muto mais caro.

 

Aí, tinha um compromisso e comecei a espumar e a ter pensamentos paranoicos de que a reunião havia sido cancelada e só eu não sabia. E não tinha num papel nem em lugar nenhum o telefone das pessoas com quem ia me encontrar pra perguntar se estava de pé.

 

Para piorar, era dia de mobilização (Brasília estava literalmente pegando fogo) e não tinha como checar trânsito, nem nada.  Foi um verdadeiro filme de horror com duração de 2h15.

 

No fim, cheguei ao lugar marcado uns dez minutos antes, peguei um café e esperei lá fora até que as duas pessoas com quem marquei chegaram. Achei que fosse ouvir um “onde cê tava?” ou “tentamos falar com você”, mas que nada!

 

Aterrissei no mundo real e estava tudo bem, acredita? Ninguém tinha morrido e eu me senti mais viva que nunca.

 

Aí, depois da reunião, decidi experimentar alguma gostosura de uma padaria e até esqueci que estava de dieta.

 

Sentada ali, comendo aquele bolo de cenoura com calda de chocolate como se fosse a coisa mais deliciosa do mundo – e era – , pensei que o açúcar fazia mais falta que o celular (e desejei muito que ele estivesse funcionando pra postar uma foto daquela delícia).

 

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