Pacto

Vá, criatura,

Cuide de regar as tuas sementes,

De abrir as janelas

De varrer a poeira dos olhos.

Deixe que água que escorre sem cessar lave por dentro

E preserve o bom, o bem, os recomeços.

Respeite o silêncio

Os sinais, a maturidade e a boa esperança.

Acolha sua criança,

A ausência,

O breu.

Olhe com amor às faltas mas foque no que te inunda!

Entenda as falas por detrás das bocas que as murmuram

Intua o caminho

Acate o divino

Receba por todos os teus poros!

Serene…

Há tempo de partida

Há tempo de parada

E há tanto tempo para as cheganças!

Tua colcha de retalhos está sendo costurada com os mais lindos novelos

Observe os nós das tramas:

Onde for ponto final de acabamento, recomece.

Vire e revire. Reavalie.

Corte as sobras.

Ligue os pontos.

E quando a noite cair como agora, e a chuva fina esfriar teu corpo, não se demore…

Vá lá, pegas a colcha que bordas dia e noite. E te revestes da tua alegria, dos teus encantos, do teu amor tão próprio e reluzente.

Esparrama-te no leito … e brinda o teu poder, Criatura!

És grandiosa!

Pensa, neste mundo vasto, que é, se há alguém ao menos parecido?

Que nada.

Cada um é um. Impressões de zebras infinitas.

Nada igual, nem se compara!

E se algum dia esquecer da tua importância, criatura, abra esse teu livro a céu aberto e venha aqui, para estas mesmas linhas.

Eu te relembro de quem tu és!

 

Aproveito aqui, meus leitores e convido vocês para apreciarem minha entrevista no @Edulopespodcast, onde conto o início da minha escrita, a minha história com essa ” terapia” e meu amor pelas palavras.

 

 

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Imagem: Canvas

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