Desanimar no trabalho, mesmo gostando do que fazemos, pode acontecer por vários motivos, muitas vezes relacionados a aspectos internos e externos à nossa atividade profissional. Mesmo amando o que fazemos, a falta de reconhecimento pode nos fazer sentir desvalorizados e questionar o impacto do nosso trabalho.
É muito comum ouvir profissionais falarem sobre carga de trabalho excessivas, as vezes ligada a quantidade de horas e muitas vezes ligada a pressão por resultados, o que pode levar ao Esgotamento. Trabalhar demais ou sob constante pressão pode levar ao esgotamento, afetando nossa motivação e saúde mental, mesmo quando gostamos do nosso trabalho.
Vemos no mercado de trabalho o que chamamos de troca de cadeiras, profissionais que mudam de empresas por Desalinhamento com Valores Pessoais. Às vezes, mesmo gostando do trabalho em si, podemos nos sentir desconectados dos valores da empresa ou da cultura do local de trabalho, o que gera conflitos internos. Esse conflito gera inicialmente uma queda de energia no dia a dia e precisa ser revisto rapidamente, para não prejudicar tanto a empresa quanto a trajetória do profissional.
Já faz um tempo que estamos falando sobre equilíbrio entre Vida Pessoal e Profissional, mas pós pandemia percebo que ficou ainda mais intensa essa preocupação. A dificuldades em equilibrar as responsabilidades do trabalho com a vida pessoal podem levar ao estresse e ao desânimo.
Outro ponto bastante constante no mundo corporativo são as mudanças constante de cenários e estratégias, levando as empresas a constantes transformações. Essas Incertezas e Mudanças Constantes trazem um ambiente de trabalho incerto, o que pode ser desgastante emocionalmente. Claro que vemos profissionais com facilidade de adaptação e muitos buscam essas mudanças com frequência para desenvolvimento e novas oportunidades, mas nem todos vivem esse cenário da mesma forma, uma pequena parcela de estabilidade é sempre bem-vinda para maioria.
Para finalizar essa primeira parte da minha reflexão vamos aos desajustes de objetivos e expectativas. Quando há uma desconexão entre o que esperamos alcançar e o que é realmente esperado de nós, podemos nos sentir frustrados e desmotivados. Por isso a melhor estratégia e talvez podemos entender como um bom conselho aos gestores de plantão é sempre deixar claro aos seus profissionais o que se espera deles.
Claro que podem existir outros fatores para que bons profissionais terem momentos de desanimo em suas carreiras. As vezes estamos passando por problemas pessoais e descarregamos todos os motivos no trabalho. Muitas vezes nós mesmo geremos o problema do desanimo quando focamos por muito tempo na mesma especialidade e não percebemos que estamos ficando estagnados na carreira. Tem profissionais que precisam de mais autonomia e tem outros que não sabem lidar com a que tem, cada um de nós se relaciona com alguns temas comuns de formas diferentes.
O mais importante identificar as causas específicas do desânimo para poder abordá-las de forma eficaz. Isso pode envolver conversas abertas com gestores, busca por suporte de colegas, ajustes no equilíbrio entre vida pessoal e profissional, ou até mesmo considerar mudanças mais significativas na carreira, se necessário.
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