A pauta é convocação para a Seleção. Todo mundo ligado na TV. Uma espera de alguns anos que, em alguns minutos, termina. Esperança, expectativa, frustração, desilusão, contentamento. Final infeliz, final feliz.
De repente, não mais que de repente, a pauta é outra. Quem deveria ter sido convocado? Quem não deveria ter sido? Por que foram chamados? Por que foram deixados de fora? Quem é melhor na posição? Esqueceram de mim?
Tudo errado.
Yoandy Leal que o diga. Depois de se naturalizar brasileiro em 2015, teve de esperar que a Confederação Brasileira de Voleibol enviasse seus documentos à Federação Internacional (FIVB) — o que só aconteceu dois anos depois — e ainda aguardar o período de liberação para poder jogar pela Seleção Brasileira, que levou mais dois anos. No fim das contas, quatro anos à espera de uma convocação que, enfim, veio. Leal, cubano-brasileiro, ponteiro, feliz.
Wilfredo León — cubano de nascimento, assim como Leal — também foi convocado pela seleção do seu país de naturalização: a Polônia.
Retomando a memória, o também cubano Osmany Juantorena, naturalizado italiano, defendeu recentemente a seleção da Itália nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e conquistou a medalha de prata.
Cuba sempre foi um adversário admiravelmente forte no voleibol, tanto no feminino quanto no masculino. Felizes aqueles países que hoje podem contar com eles no seu lado da quadra, em suas seleções. Tê-los do mesmo lado é, por assim dizer, uma vitória, uma conquista, em todos os sentidos.