Andréa Ignatti: Aquela bolinha amarela

bolinha

Bolinha de um lado, bolinha de outro. Bate, rebate. Na quadra, silêncio de qualquer som, menos o daquela bolinha amarela.

No dia 9 de junho, é comemorado o Dia do Tenista aqui no Brasil.

O país do futebol ― um tanto do vôlei, um outro tanto do basquete, um pouco do futsal, um quase nada do handebol, do atletismo, da natação e da ginástica artística ― enxerga no tênis talvez mais o atleta do que o esporte, talvez um ou outro atleta e talvez um pouco mais os que já fizeram história do que os têm tentado fazer. Gustavo Kuerten, por exemplo: por seu carisma. Maria Esther Bueno, a primeira mulher a vencer um Grand Slam, “a bailarina do tênis”. (Maria Esther que, aliás, nos deixou há um ano, em 8 de junho de 2018).

O país do futebol, dos onze contra onze, que é acostumado desde pequeno a gritar e cantar durante toda uma partida, talvez por isso mesmo não se habitue a manter o silêncio e a concentração extrema exigidos numa partida de tênis (que pode durar horas e horas), e não se encante tanto com esse esporte de um contra um ― quando nem sequer consegue fazer valer aquele silêncio de um minuto.

Mas ainda há quem admire Roger Federer e Rafael Nadal, este que acaba de ganhar de presente de aniversário (recentemente comemorado no dia 3 de junho) o décimo-segundo título do desejadíssimo torneio de Roland Garros, na França.

Se o tênis não inspira muitos admiradores, inspirou o VAR no futebol, com o “Hawk-Eye”, a tecnologia de, no mínimo, quatro câmeras de alta velocidade estrategicamente posicionadas que auxiliam os árbitros no que conhecemos como “tira-teima”, o replay de jogadas duvidosas.

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Saudade de Maria Esther. Como diz um colega, não existe ex-tenista: quem é tenista sempre será. Ela é exemplo disso. Sorte não precisarmos de “hawk-eye” para termos certeza.

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