Andrea Ignatti: Vira, virou

deuses

Semana da virada. Os deuses do futebol não brincam de bola. Ou talvez seja justamente isso que eles fazem. E nós, por outro lado, tentando explicar quatro-três-três, verticalização e perigo de gol, deixamos de entender a magia do drible, a elegância do passe e a inefabilidade dos noventa minutos.

Jogos de fazer os olhos virarem, brilharem não é (mesmo) todo dia que a gente tem a alegria de ver. Deuses inspirados imortalizando mortais.

Ficarão atentos os vencedores pelo placar de 3 a 0! Eis que agora os deuses tornam esse resultado efetivamente temporário! Enquanto a bola rola, rola também uma virada. Primeiro tempo: Grêmio 3 a 0. Fluminense vira; vira, virou…

Os ‘outros garotos’ de Liverpool, não aqueles que cantam, orquestraram um jogo que deixou muita gente de boca aberta. E cantaram todos. They never walk alone. Vira, virou. A virada veio, contra todas as previsões. Hasta la vista, Barça.

Hat-trick do brasileiro Lucas Moura fecha a conta (por ora, na semana) dos deuses do futebol-da-virada. Tottenham está na final da Champions.

E as chances de gol que o Flamengo perde são diretamente proporcionais às chances que os deuses estão concedendo à sua classificação na Libertadores. Mas vira essa página, Flamengo! Classifica, classificou.

A gente brinca com a bola, se quiser. Mas não pode brincar com o jogo. Os deuses estão vendo tudo. Eles, sim, viram a mesa… Mas, se virarem a cara pra gente, aí… melhor nem pensar.

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