O GH, ou hormônio do crescimento, é um recurso ergogênico polêmico dentro do mundo do esporte.
Ele é produzido no corpo humano pela hipófise, uma glândula que fica na base do cérebro. A deficiência na produção pode ocorrer por condições genéticas — quando a criança nasce sem conseguir “fabricar” a substância em quantidade suficiente — ou pode ser gerado pelo desenvolvimento de algum tumor na cabeça, que comprometa a funcionalidade da hipófise. Sua principal função é estimular o crescimento ósseo para aumento de estatura em crianças e adolescentes.
No esporte, o GH aumenta o desempenho atlético; motivo pela qual recebeu, recentemente, atenção mundial. Esta prática, muitas vezes, chamada doping esportivo, é proibida pela maioria das ligas e associações esportivas profissionais, incluindo o Comitê Olímpico Internacional.
Seus principais benefícios físicos são aumento da síntese protéica no músculo esquelético (resultando em hipertrofia); aumento da utilização de reservas de gordura (causando emagrecimento) e aumento da capacidade de reposição de danos musculares.
Existem dois grandes grupos de esportistas que abusam do GH: o primeiro compreende elites atléticas competitivas, como nadadores e ciclistas, e, no segundo, talvez maior, seja o grupo constituído por competidores fisiculturistas. Em ambos os grupos, mais especificamente no último, o GH é auto-administrado, sem qualquer supervisão médica. O uso é diário e feito através de injeções subcutâneas.
Efeitos secundários graves têm sido descritos em usuários que não acompanham o tratamento com exames, como hipertensão intracraniana, alterações visuais, dor de cabeça, náuseas, vômitos, edema periférico do túnel do carpo, artralgia, mialgia, características acromegálicas (crescimento desproporcional das extremidades, como alargamento do nariz e maxilar), hipertensão arterial, cardiomegalia, aumento de risco cardiovascular, resistência à insulina e diabetes, alterações na pele, como aumento de nevos melanômico e mudanças na textura da pele.
Por essas e outras, se estiver pensando em usar GH, sempre consulte primeiramente um endocrinologista. Ele saberá te orientar quando as suas necessidades, riscos e benefícios.