Você Já Olhou Para Trás e Começou a Rir daquilo Que Foi um Desastre?

Créditos: Innovia

Bom dia meus amigos!

Você já olhou para trás e percebeu quantas vezes se irritou desnecessariamente? Já parou para pensar quanto tempo perdeu com algo que, hoje, talvez lhe cause risos ao lembrar?

Pois bem, estou completando 50 anos em alguns meses e poderia contar dezenas de experiências que, ao revisitar, me mostram como o meu desespero, a minha irritação e a minha falta de paciência poderiam ter sido evitados. Muitas situações não exigiam tanta energia ou reações tão exageradas.

Você é alguém que tem o pavio curto? Você é alguém que perde a paciência por pouco ou quase nada? Então, este texto é para você.

Vejo muitas pessoas olhando para trás e percebendo que os seus casamentos poderiam ter tomado outro rumo se não fossem tão severas em suas respostas rápidas. Converso com gente toda hora que reconhece como a impulsividade fez perder relacionamentos de muitos anos.

Isso me lembra de quando morávamos no Japão. Quem nos conhece sabe que sempre trabalhamos com muita gente – gente que entra, gente que sai. Certa vez, disse à Johnna que merecíamos alguns dias de descanso na linda região de Izu. Como sempre, preparei meticulosamente um itinerário para visitar: jardins, templos japoneses, ruas antiquíssimas, bons cafés e onsens. O que eu não esperava era que a Johnna colocasse no GPS o endereço errado. Em vez de dirigir duas horas para o destino planejado, chegamos a um lugar no meio do nada: uma enorme montanha, sem casas, sem jardins, sem templos.

Lembro como se fosse hoje: A Johnna subiu na montanha e, lá do alto, gritou: “Vem! Vem! Achei o templo!” Quando cheguei ao topo, o templo não tinha absolutamente nada a ver com as fotos que eu havia visto nos melhores sites da internet, onde dediquei horas planejando o itinerário perfeito. A Johnna, então, colocou a mão na cabeça e disse: “Você não vai acreditar… Dirigimos duas horas na direção oposta!”

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Você pode imaginar a minha fúria e indignação? E a minha frustração? Parecia estar vendo o conhecido filme “Férias Frustradas”. Você já teve férias assim?

O meu impulso imediato foi voltar para casa e desistir de tudo. Você faria o mesmo?

Havia dirigido para o destino errado, sem ideia de onde estávamos. No entanto, a Johnna, com muita calma e sabedoria, disse: “Eu vou dirigir por quatro horas, e vamos mostrar para a nossa filhinha Sophia como superar os imprevistos da vida.” E superamos!

Apesar da preocupação de não ver tudo o que planejei, passamos um fim de semana ótimo. Temos lindas fotos. Hoje, dou muitas gargalhadas ao me recordar, mas, na época, fiquei dois meses sem conseguir contar a história para alguém, pois só de lembrar, meu sentimento não era de riso, mas de frustração.

Há dois meses, meu querido amigo Tom me disse: “A vida é muito curta para guardar ressentimentos.” Ele estava certo. Aliás, a vida é curta demais para respostas rápidas. É curta demais para não rir. É curta demais para perdermos amizades construídas por anos por motivos que não são relevantes o suficiente para construir muros e destruir pontes.

Eu poderia seguir contando outras histórias em que olho para trás e vejo como fui tolo em algumas situações. Algumas me fazem rir; outras me mostram o quanto eu poderia ter agido diferente. Mas, como dizia o filósofo Sêneca: “A vida é longa, se você souber usá-la.” Nunca é tarde demais para aprender. O dia de hoje está te convidando a viver cheio de gratidão e com a consciência de que cada passo na existência é uma oportunidade para construir uma jornada cheia de paz, serenidade e alegria.

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Então, respire fundo, sorria e lembre-se: a vida é curta demais para ser levada tão a sério.

Até a próxima!

Fábio

Collonges au Mont D’Or.

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