O time está em reconstrução. A torcida precisa ter paciência. A equipe vai evoluir logo.

É a mesma coisa desde o início de 2016. Com algumas mudanças pontuais.

Tite, por exemplo, não quis enganar o torcedor. Admitiu a fragilização do elenco e não via possibilidade concreta do time lutar pelo bicampeonato brasileiro ou por qualquer título neste ano.

Ainda assim conseguiu manter o time competitivo, com aproveitamento de 62% em todas as competições que disputou, apesar das eliminações no Paulistão e na Libertadores.

Assumiu a seleção em junho, deixando o Corinthians em quarto lugar no campeonato brasileiro, com 13 pontos, três a menos que o então líder Internacional.

Veio Cristóvão Borges. O time seguiu perdendo jogadores, desempenho e posições.

Com aproveitamento de 48% dos pontos, Cristóvão pediu paciência. Mas acabou deixando o Corinthians antes de completar três meses no clube.

O auxiliar Fábio Carille assumiu interinamente. E o discurso não mudou.

Os resultados pioraram. O Corinthians despencou para a nona colocação no Brasileirão, sem qualquer chance de conquistar o bicampeonato brasileiro e com remotas chances de classificação para a Libertadores.

Oswaldo de Oliveira foi chamado pelo presidente Roberto de Andrade para salvar a temporada corintiana.

Estreou com vitória de 2 a 0 sobre o América Mineiro, lanterna do brasileirão. Garantiu que já tinha dado seus “pitacos” no jeito do time jogar e que a equipe iria evoluir mais.

Depois de ser eliminado da Copa do Brasil levando goleada do Cruzeiro: 4 a 2, Oswaldo mudou o discurso. Disse que o time tem deficiências, está em reconstrução, a torcida precisa ter paciência e o time vai evoluir rapidamente.

Resumo da ópera. Vai ser difícil arrumar a casa qualquer que seja o treinador. O time foi extremamente enfraquecido.

Teve a felicidade de ter acumulado uma gordura, com Tite no comando, e se livrou do rebaixamento. Não fosse isso seria candidato certo à segunda divisão.

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A torcida – que não é boba – não demonstra paciência porque está cansada de ser enganada pelos dirigentes do clube.

Todo mundo sabe que o calvário vai ser longo. O estádio toma os recursos que poderiam ser destinados a melhorar o time.

Caso fossem honestos e assumissem o real problema, talvez os torcedores apoiassem mais.

Mas tentar iludir o torcedor com falsas promessas. Gastar dinheiro com contratações de jogadores medíocres ao invés de aproveitar os formados em casa. E ainda vir com a ladainha do time em reconstrução, é para deixar qualquer corintiano irritado.

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