Volto ao tema.
Mais futebol na TV, menos público nos estádios.
Mas que fique claro, o problema não é de quantidade, mas de qualidade.
O espetáculo que os times brasileiros mostram é ridículo quando comparado ao que a gente vê, especialmente, na Europa.
Chega a ser engraçado. Técnicos brasileiros fazendo estágio no Velho Continente buscando a fórmula do sucesso.
Teve um tal de 3-5-2. Vieram também com um 4-3-2-1. Agora a nova combinação é o 4-1-4-1.
Mas basta ver um jogo aqui e um lá – e são várias as oportunidades em praticamente todos os dias da semana – para a gente perceber que a nossa cópia não chega nem perto da versão original.
Compactação aqui tem muitos buracos.
Toque rápido é cheio de erros.
Posse de bola é para os lados .
Profundidade é o “1” correndo feito louco para pegar um bicão que sai da defesa direto para o solitário atacante.
Marcação alta aumentou o número de faltas dos atacantes e as reclamações deles também. “Que isso, professor. Não foi falta.”
Ao passo que o número de chutes certos diminuiu drasticamente.
E, por favor, a história da recuperação do futebol brasileiro, com Tite no comando da seleção, é para “boi dormir”.
Os rivais que superamos também estão longe de ser referência de bom futebol.
A prova da rua comprova que a ideia de excelência está bem longe daqui. São camisetas de Barcelona, Real, Manchester, Bayern, Juventus, PSG, Alemanha, por todos os lados.
Messi, Iniesta, Soares, Cristiano Ronaldo, Bale, Thommas Muller, Pogbá, são alguns dos muitos nomes que estão nas costas e na cabeça de boa parte do torcedor brasileiro.
Raramente encontramos Neymar.
Phillipe Coutinho, William, Firmino, Douglas Costa, Casemiro, estrelas do time de Tite, elogiados pelos técnicos, idolatrados pelas torcidas dos respectivos times, não aparecem em nenhuma lista de melhores.
Não importa qual critério. Eleita por torcedores, jogadores, técnicos, jornalistas.
Foi o tempo em que jogador brasileiro era sinônimo de protagonismo.
A coisa chegou num ponto que os nossos times estão indo buscar nos países vizinhos o “pé de obra” que falta por aqui.
É a materialização do famoso ditado: “Quem não tem cão, caça com gato”.
Momento histórico detalhadamente registrado pelas câmeras de TV, mostrando a clara mensagem: perdemos a realeza e dificilmente vamos voltar a reinar.
Ainda volto ao tema A Televisão é a Culpada.