A seleção francesa foi responsável pelo fiasco do fim de semana futebolístico ao empatar em 0 a 0 contra a fraquíssima equipe de Luxemburgo, em casa, pelas Eliminatórias Europeias para a Copa de 2018. Foi uma decepção monumental para os torcedores de uma das favoritas ao título mundial, na Rússia. Sem tirar os méritos da seleção dos Países Baixos, claro.
O resultado teve uma dimensão histórica, pois foi da primeira vez que os luxemburgueses – que ocupam a 136ª posição no ranking da Fifa – não foram derrotados pelos franceses em 15 jogos oficiais envolvendo as duas seleções desde 1914. Para Luxemburgo, o empate valeu um título. E foi comemorado como tal.
Mas o placar – que poderia ter sido pior ainda, pois Luxemburgo colocou uma bola na trave do goleiro Lloris aos 33 minutos do segundo tempo – mostrou também que o poderosíssimo ataque da seleção azul, formado neste domingo por Griezmann, Mbappé (novo companheiro de Neymar no PSG e mais nova estrela do país), Pogba e Giroud, pode falhar em momentos decisivos, já que a vitória seria fundamental para abrir vantagem sobre a Suécia, segunda colocada no Grupo A do qualificatório europeu.
Na verdade, a França já havia frustrado os seus torcedores e simpatizantes quando perdeu a Eurocopa-2016 em casa para os portugueses. Apesar de contar com Cristiano Ronaldo como seu líder – e o astro saiu contundido ainda no primeiro tempo –, convenhamos que os patrícios não têm um time de encher os olhos e chegaram à final como azarões.
Claro que a seleção francesa comandada por Didier Deschamps – campeão mundial de 1998 como jogador naquela final de triste lembrança para os brasileiros – continua como uma das grandes forças do Mundial, mas fica uma ponta de desconfiança em relação ao seu poder de fogo quando chegar a hora de confirmar sua superioridade.
*Foto de capa: Franck Fife/AFP