Cillo – Corinthians: Quando o presidente disse “sim”, tudo mudou

Uma aposta, há sete anos, mudou a história do Corinthians. Algo parecido está prestes a acontecer de novo no clube paulista. De Tite para Fábio Carille. De Fábio Carille para Osmar Loss. E a tentativa de repetir o mesmo sucesso dos antecessores.

Em Fevereiro de 2011 o Corinthians passaria por um dos maiores vexames de sua história. Com um time que tinha Ronaldo Fenômeno, Roberto Carlos e o comando do então emergente técnico Tite, uma derrota vexatória pela pré- libertadores. Dois a zero para o desconhecido Tolima, na Colômbia.

O que seria natural para os padrões brasileiros do futebol? Demitir o treinador, claro, e começar tudo de novo. O que foi feito ? O presidente Andrés Sanches resolveu bancar a permanecia do treinador.

Tite, hoje reconhecido internacionalmente, levou o clube paulista as maiores conquistas de sua história. Libertadores e Mundial Interclubes.

Saiu para dirigir o Brasil e salvá-lo na eliminatória para a copa da Rússia. E salvou. E estamos no mundial. Corríamos o risco de ficar de fora pela primeira vez.

No Corinthians, após algumas buscas e tentativas, descobriu-se que Tite havia deixado, mais que títulos, um legado. Fábio Carille.

O auxiliar de Tite, responsável por montar seus quase infalíveis sistemas defensivos, ganhou “vida própria” e quando teve sua chance, mostrou do que seria capaz.

Em pouco mais de um ano, dois títulos estaduais, o campeonato brasileiro no ano passado, e o excelente retrospecto em todas as competições que disputa em 2018.

Fábio Carille saiu agora por uma proposta irrecusável. O ex-auxiliar do técnico Tite também ganhou reconhecimento. Serão dois anos de contrato com o Al Wehda da Arábia Saudita. Um salário cinco vezes maior do que ele tinha no Corinthians.

Fim da linha? Não. Agora é o auxiliar de Fábio Carille quem tem a missão de continuar essa história. Osmar Loss ficará no comando até a parada para a Copa do mundo quando Andrés Sanches, outra vez ele como presidente, vai traçar os planos futuros. A derrota para o Millonarios, da Colômbia, no meio de semana não pode ser entendida como um fracasso, mas um tropeço natural. Até pelo futebol apresentado pela equipe. O Internacional, em Porto Alegre, o compromisso da vez.

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Se a história de repetir, Osmar Loss vai continuar por bom tempo no comando alvinegro. E como o próprio Osmar já disse que pensa o futebol como Carille, e Carille já cansou de dizer que pensa como Tite, parece que tudo vai seguir na mesma direção.

A partir daquela aposta em 2011, de não demitir o treinador por um tropeço, essa árvore não parou mais de dar frutos. Que sirva de exemplo.

Boa sorte para Tite na seleção. Para Fábio Carille na Arábia Saudita. Para Osmar Loss no comando do Corinthians.

Com erros se aprende, com acertos também.

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