Roger venceu os tumores que poderiam ter lhe tirado a chance de seguir jogando e até de continuar vivo. Depois do susto, da cirurgia, veio a alegria. O atacante, ex-Botafogo RJ e hoje defendendo o Inter de Porto Alegre, na última rodada do Campeonato Gaúcho, marcou duas vezes na vitória contra o Avenida. Foram os dois primeiros gols depois de vencida a doença. Ele pede mais alguns dias para estar 100% fisicamente. A confiança veio junto com a recuperação.
A extrema alegria de um atacante faz contraste com a extrema tristeza na história de um jovem goleiro. Ele havia ficado no banco de reservas na vitória de sua equipe, o Guarani, contra o Água Santa, pela segunda divisão do Campeonato Paulista. O jogo foi na sexta-feira, no sábado, Wallace viajou para não mais voltar.
O arqueiro de 22 anos ganhou folga e queria aproveitar para visitar a família em sua cidade natal, Ribeirão Preto. No caminho de Campinas para lá, pela Rodovia dos Bandeirantes, capotou seu carro. Acidente fatal.
Wallace chegou ao Guarani no começo deste ano, teria contrato até novembro. Foi revelado pelo Vitória e, em Salvador, era visto como uma das grandes promessas do clube, notabilizado pela revelação de novos talentos.
No Guarani, Wallace não teve tempo para mostrar seu potencial.
A documentação dele não chegou a tempo para a estreia do Guarani na temporada, ficou no banco de Bruno Brígido.
Impressionante como o destino, assim como o futebol, também aplica seus dribles. Wallace engrossa uma fila de talentos que são barrados pela fatalidade. Me vem à cabeça a história trágica de Denner, revelado pela Portuguesa, também vítima de um acidente fatal.
No futebol, como na vida, o improvável e o inesperado, podem surgir. Resta-nos pedir proteção para seguir em frente. E desejar que aqueles que não tiveram a mesma sorte, ao menos descansem em paz.
Nossos sentimentos há tantos que se foram precocemente. A todos, uma homenagem que é para Wallace é extensiva a todos.
O futebol fica triste, mas a melhor maneira de homenagear a cada um, é procurando forças para seguir. Como fez o atacante Roger, curado, recuperado, e pronto para distribuir esperança a todos nós.