Uma lição do basquete norte americano para o mundo. E não tem relação com a indiscutível excelência de qualidade dentro das quadras. Time da NBA será forçado a doar 10 milhões de dólares depois de comprovadas denúncias de assédio a ex-funcionárias do clube.
Foi um trabalho incansável de cerca de sete meses. Em um relatório de 43 páginas com 215 entrevistas e mais de um milhão e meio de documentos apurados, a conclusão é clara, depois de ouvidas funcionárias que trabalharam na equipe nos últimos 20 anos. O Dallas Mavericks tinha, de fato, um “ambiente tóxico de trabalho” para suas funcionárias, foi a conclusão dos investigadores.
Assim, o proprietário do Dallas Mavericks, Mark Cuban, entrou em acordo com a NBA para “a doação” de 10 milhões de dólares, mais de 41 milhões de reais. O valor é quatro vezes maior que o teto de multas que a liga norte-americana pode aplicar a seus associados. Esse montante vai ser usado para -aí entram os elogios – organizações que promovam mulheres em cargos de liderança e combatam a violência doméstica.
As organizações que vão receber esse auxílio financeiro serão escolhidas por um comitê com representantes do Dallas Mavericks e também da NBA – a liga norte americana de basquete. O caso centrava em assédio sexual a funcionárias por parte de um ex-presidente que comandou o Dallas Mavericks.
Agora, além da doação desse valor, o Dallas Mavericks, está obrigado a atualizar a NBA a cada três meses quanto à evolução nas recomendações internas do clube para um ambiente livre de abusos.
O Dallas também terá que treinar seus funcionários sobre violência doméstica, assédio e abuso sexual.
Um exemplo para o esporte mas que pode ser aplicado fora dele também.