Cillo: PSG. Um brasileiro arranhado e um italiano afagado

PSG

Como é a bola. Diria o ex treinador e jogador Muricy Ramalho. “A bola pune”. De um lado, a imagem arranhada e um prejuízo tão grande quando a Copa do Mundo que escapou. Do outro, a trajetória e a experiência a favor de uma carreira irretocável. Duas realidades dentro de um mesmo gigante europeu.

O Paris Saint German já está contando com os serviços de um atleta de carreira ímpar. O goleiro Gianluigi Buffon não firmou um contrato longo, mas com tempo suficiente para realizar sonhos. Dele e do clube francês.

O veterano arqueiro italiano afirmou em sua apresentação que persegue o desejo de vencer a Liga dos Campeões da Europa a mais tempo que o próprio PSG. E os números provam isso. Não foi apenas maneira de falar. Buffon tem 112 partidas pela competição europeia. São 20 a mais que o novo clube dele que fez 92 jogos até agora.

Buffon disputou três finais o PSG nenhuma. Quem sabe, juntos, os sonhos não se realizam ? Buffon. O lado positivo desse PSG que ainda tem Mbappé – uma grande estrela – destaque na Rússia.

Há também um prejuízo pos-Copa ao PSG: o nosso camisa 10. Neymar teve sua imagem duramente arranhada pelo seu desempenho pela seleção brasileira.

O jornal francês L’equipe afirmou que a atitude do brasileiro mudou consideravelmente a imagem dele. Disse ainda que Neymar é ridicularizado por suas atitudes de choro, em todo o planeta e que levará tempo para apagar esse caminho desastroso.

Infelizmente os jornalistas franceses não estão errados. Infelizmente não só pra Neymar. O Brasil do camisa 10 Neymar já teve o 10 Pelé, o 10 Zico, o 10 Rivaldo. E por aí.

Não está em questão a capacidade técnica de Neymar. Mas o desempenho e as atitudes. E aí Neymar ficou mesmo devendo. O mínimo que deveríamos esperar seria um pronunciamento diante da imprensa, após o fracasso na Rússia. Fez silêncio, nossa maior esperança. Ele vai precisar repensar suas estratégias. Não está bem assessorado e também não parece muito disposto a ouvir. Já vi grandes promessas naufragarem por esse caminho incerto, e as vezes obscuro, do glamour, dinheiro e paparicos. A bola pune aqueles que jogam a humildade para escanteio. Lógica que serve não apenas no futebol, mas na nossa vida.

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