Um francês que fez história na Inglaterra. Um relacionamento de mais de duas décadas. Uma lenda que termina sua trajetória. Arsene Wenger deixou o comando técnico do Arsenal. E deixa um certo vazio.
Vai ser difícil se acostumar que ele não vai estar lá. Arsene Wenger viveu uma realidade inconcebível para os padrões brasileiros de entendimento de futebol.
Foram vinte e dois anos de um mesmo treinador numa mesma equipe. Ele e o Arsenal têm, literalmente, uma vida juntos. Uma vida interrompida por uma decisão tomada há alguns dias.
O treinador anunciou sua saída do comando técnico da equipe inglesa. Uns dizem que ele se antecipou a uma inevitável demissão que viria inexoravelmente. Outros dizem que ele percebeu ter chegado ao fim a sua missão. Ainda há quem aposte que pesou o cansaço. A idade. O desgaste de uma relação intensa.
Seja como for, ele foi uma lenda para o futebol inglês, europeu e mundial. São 68 anos de idade. E ele sai antes do término do seu último contrato, junho de 2019. Pouco mais de um ano antes de encerrar, no papel, uma relação que teve muito mais coração e começou em 1996.
Force na sua memória, rapidamente. Quem era o treinador do seu time em 1996 ? Não acredito que vá lembrar. O torcedor do Arsenal, talvez só ele, tenha essa resposta de pronto.
Com Arsene Wenger Arsenal conquistou três campeonatos, sete taças da Inglaterra e outras sete super-taças inglesas. Além de expressivas 20 vagas consecutivas na Liga dos Campeões da Europa.
Arsene e Arsenal nasceram um para o outro. Para o bem dos dois, história escrita. Melhor que cada um siga seu caminho. Com certeza, a missão foi cumprida. E comprida.
Que bela história.