Cucabol de volta

O sonho do palmeirense se concretizou nesta semana. Cuca, campeão brasileiro de 2016, está de volta ao time alviverde. E o retorno do técnico é tratado como o maior reforço do clube para o restante da temporada. É isso mesmo?

Bem, precisamos fazer algumas considerações sobre a saída de Eduardo Baptista, especialmente. O treinador já chegou ao Palmeiras sob olhares desconfiados da torcida e de boa parte da imprensa – apesar das negativas.
Muita gente entendia que Baptista era muito inexperiente para o cargo, que lhe fafaltam também tarimba, personalidade. Os críticos citavam a passagem frustrante pelo Fluminense,  em 2015. Mas havia a esperança de que Eduardo Baptista tivesse ideias novas e até revolucionárias para levar o estrelado time aos títulos que a comunidade palmeirense considera mais que um objetivo, mas sim um exagero – em que pese o absurdo que a ideia da obrigatoriedade represente.
O que me chamou a atenção no trabalho dele é que, além da esperada personalidade fraca, já que ele não tem o nome e a firmeza necessários para peitar a boleirada, EB mostrou mais do mesmo na armação da equipe. Na verdade,  foi medíocre (mediano).
O treinador não conseguiu escolher um time titular, nem um esquema de jogo. Não escalava bem ou mexia mal durante os jogos e vice-versa. Apesar das estatísticas (66% de aproveitamento), não fez um bom trabalho. A equipe a dou mais pelos talentos individuais do pelo dedo do treinador.
Além de patinar nas ideias e na execução delas,  Baptista ainda conviveu com a sombra de Cuca desde os primeiros sinais que passava aos torcedores da sua fraqueza. O coro de “volta Cuca” era frequente. E influenciou a cúpula palestrina. Me pareceu evidente nas palavras do presidente Maurício Galiotte, quando disse que o desempenho ruim do time foi o que tirou o técnico do Palmeiras. Parecia que estava ouvindo o discurso dos meus amigos palmeirenses. Bem, mas a torcida nada mais é do que a clientela do cartola. Sendo assim…
Agora, ficaremos de olho no trabalho de Cuca nesse retorno ao Palmeiras. Lembro que o sarrafo continua alto, pois o elenco caríssimo tem como meta ser campeão da Copa Libertadores, especialmente, e de tudo aquilo que disputar. Sabemos que é praticamente impossível,  mas é a cobrança.
 Pessoalmente, acredito que Cuca em tudo prs recuperar o desempenho desse time – ainda melhor que o de 2016 – e levantar pelo menos uma das taças que a torcida quer neste ano. Apesar da cara de chorão, das chatices e manias, Cuca sabe montar muito bem um time vencedor. E os jogadores,  mesmo aqueles que eventualmente não gostem dele, saberão engolir os sapos necessários para ser campeões. Afinal, títulos aumentam contratos também.
CORINTHIANS E CRUZEIRO
Gostaria de citar também as atuações o e Corinthians e Cruzeiro nesta quarta-feira pela Copa Sul-Americana. Enquanto os paulistas demonstraram que o título paulista deu a confiança que o time alvinegro precisava para seguir na temporada, os mineiros decepcionaram em Assunção e perderam a vaga para o Nacional,  do Paraguai.
Para o Cruzeiro, fica o alerta pela segunda derrota seguida importante – perdeu o Estadual para o principal rival histórico e deixou escapar uma classificação já encaminhada na competição continental. Tá na hora de Mano Menezes apertar os parafusos desse elenco.
Para o Corinthians, será preciso manter os pés no chão e não se iludir após a conquista do Paulistão e da vaga diante da Universidad Católica,  pois o grupo ainda não é o ideal. O Corinthians tem um razoável time titular e só. É pouco para a disputa do Brasileirão e até da Copa do Brasil.

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