A arbitragem foi destaque negativo em mais uma rodada do Campeonato Brasileiro. Sem o anunciado árbitro de vídeo, os sextetos escalados deixaram a desejar novamente neste fim de semana. E talvez a pior apresentação tenha sido no clássico paulista entre São Paulo e Corinthians.
O resultado – empate em 1 a 1 – entre o líder do Brasileirão e o desesperado time tricolor poderia ter sido diferente não fosse a atuação do responsável pelo apito. E o grande prejudicado foi a equipe são-paulina.
A falta mal marcada do atacante Lucas Pratto no goleiro Cássio tirou um gol legítimo dos donos da casa e a torcida – mais de 60 mil pessoas que lotaram o Morumbi em uma linda festa – teve que amargar a igualdade com o gol corintiano já no fim. Foi um castigo injusto, apesar da falha grotesca do lateral-esquerdo Júnior Tavares.
Questões de arbitragem à parte, o São Paulo fez uma boa atuação. Não foi uma “aula de futebol” como disse o volante Petros, autor de um bonito gol, mas digna da camisa tricolor. Se tivesse feito outros jogos com essa qualidade, o time não estaria nessa situação periclitante no Nacional.
Já o Corinthians deixou mais uma vez a Fiel com uma ponta de desconfiança sobre o desempenho da equipe. Seria uma queda de rendimento normal dentro de uma competição longa ou os efeitos de um elenco limitado, que já foi além de suas forças?
O técnico Fábio Carille terá pela frente o desafio de mostrar que os seus comandados têm fôlego para se manter na liderança do campeonato com folga, pois a gordura adquirida no primeiro turno pode derreter rapidamente.
Terá esse grupo condições – técnica e psicológica – de “engordar” novamente essa vantagem para os demais adversários ou a fase de vacas magras chegou? São questões para as quais deveremos ter respostas em breve. Pelo que vimos neste domingo, há dúvidas.