Sacheto: Jogaço entre Palmeiras e Cruzeiro

Não há como deixar de falar do jogo eletrizante entre Palmeiras e Cruzeiro – os dois Palestras –  no Allianz Parque, na noite desta quarta-feira, na partida de ida entre ambos pelas quartas de final da Copa do Brasil. O empate em 3 a 3 foi um dos melhores duelos da temporada. Tenho certeza que muitos torcedores alviverdes e celestes demoraram um certo tempo para dormir, tamanha foi a dose de adrenalina injetada no cérebro pela intensidade da partida.

 

No primeiro tempo, o time da casa perdeu o rumo ao levar o primeiro e o segundo gols muito rapidamente. A equipe se perdeu totalmente, não conseguia mais acertar um passe sequer e essas cabeçadas todas resultaram no terceiro gol cruzeirense. Cuca teve que desfazer a bobagem de iniciar com o lateral Fabiano e colocou o contestado Egídio em campo. A mexida parece ter recolocado o time nos eixos, apesar da irritação da torcida com o camisa 6. Mesmo assim, o time desceu para os vestiários muito vaiado.

 

No início do segundo tempo, o Palmeiras inverteu os papéis e amassou a equipe mineira. Tal como na primeira etapa, em cerca de 20 minutos – mas antes do lado celeste – o time alviverde já havia feito três gols e poderia ter feito mais. Incrível o poder de reação do Palmeiras. A equipe foi tão forte que o clube paulista poderia ter partido para uma virada épica.

 

O colombiano Borja entrou no intervalo e fez uma boa apresentação. Correu e lutou muito, mas não conseguiu deixar a marca dele. Mesmo assim, penso que causou boa impressão. Espero que a exigente torcida palmeirense pare de pegar no pé do atacante e que o técnico Cuca dê mais oportunidades para que Borja possa ter tranquilidade e desenvolva todo o seu talento.

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Como destaques negativos, cito primeiro a arbitragem – que errou ao não marcar impedimento (difícil,  mas marcável) em um dos gols palmeirenses e também não assinalou um pênalti claro sobre Borja. Realmente,  difícil esperar por uma atuação positiva dos árbitros. Talvez no fututo, com a profissionalização da categoria, possamos ver a melhora no nível do trabalho dos árbitros. Não acredito muito nisso, mas vamos deixar uma fresta aberta.

 

A outra ressalva à essa grande noite para o futebol em São Paulo foi a atuação teatral ridícula,  grotesca, estúpida e lamentável de Roger Guedes, Rafael Sóbis e Ramón Ábila ao tentar ludibriar a já fragilizada arbitragem para obter vantagem indevida para os seus clubes.

 

Guedes deu um pulo para trás ao perceber que a marcação cruzeirense “relou” nele que até o zagueiro do Bahia Lucas Fonseca – aquele que se envolveu em lance com Guerrero, do Flamengo, no Brasileiro –  deve ter sentido inveja. Sóbis deu um pulo para cavar um pênalti de forma vergonhosa e o argentino Ábila sentiu no nariz um leve toque de um palmeirense no peito dele. Acho que esses caras devem estar pensando em descolar uma nova profissão para quando deixarem o futebol como atores. A questão é que, pela qualidade das atuações,  eles estão mais para receber um “Framboesa de Ouro” do que um Oscar. Ridículos.

 

Apesar de o empate ter sido ruim para o Palmeiras, porque o Cruzeiro fez 3 gols na casa do adversário e vai definir a vaga na segunda partida em casa, o time alviverde sai com a sensação de ter sido superior na partida por causa do segundo tempo que fez. Já o Cruzeiro, ficou com um gosto amargo, visto que no primeiro tempo estava com a classificação na mão.

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Agora, em Belo Horizonte, tudo pode acontecer!

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