Ele leva para o mal caminho.
Todo mundo sabe disso.
Mas sempre tem alguém pegando esse trilho.
Até mesmo os que tem mais tempo de estrada e acumulam experiência na bagagem.
É como se fossem atraídos para ele, num transe hipnótico.
E aí é quase impossível mudar o destino.
Não adianta dizer: “Xiiiii, peguei o entroncamento errado. Não percebi onde estava indo”.
Os avisos estão em todo lugar. E são bem claros: Cuidado, afaste-se. Rota perigosa.
Os que não dão a devida atenção às advertências vão parar na segunda divisão.
Durante 106 anos, o Sport Club Internacional, do Rio Grande do Sul, passou longe dessa rota.
No 107º ano pegou o mapa errado e segue ladeira abaixo.
Está tudo registrado no diário do Campeonato Brasileiro 2016.
Quatro técnicos durante a competição. Argel, Falcão – que foi demitido após cinco jogos – Celso Roth e, agora, Lisca, que assumiu a missão de livrar o Inter do rebaixamento em três jogos.
Contratações a “rodo”, gastando muito em apostas que não deram certo.
Clima ruim entre os jogadores, com direito a socos durante treino.
Diretoria incapaz de tomar as providências necessárias.
Pressão gigantesca da torcida.
Mas os colorados ainda esperam por um milagre como o do Fluminense em 2009, que estava 99% rebaixado e conseguiu se salvar.
Só que o Flu realizou a proeza, nos sete últimos jogos.
O Inter, só tem dois.