Iramaia Loiola: Uma paixão italiana

Querido Vinho,

Quando comecei minha experiência, anos atrás, com uma versão sua, um tanto docinha, não imaginei que iria tão longe. Gostei do sabor, de estar entre amigos queridos e gostei da sensação de amortecimento, de alegria, de prazer e também de me soltar e ser um pouco mais eu. De me libertar da timidez.
Repeti a compra do mesmo vinho por tantas vezes. Fico pensando que se não tivesse dado a chance a tantos outros, não ter arriscado, não ter até mesmo forçado um pouquinho garganta abaixo os vinhos tintos secos, a paixão teria morrido, se apagado.
Ser aventureiro no mundo dos vinhos é imprescindível. Ser curioso, principalmente. Não ter medo de errar. Se for um pouco mais organizado que eu, dá pra fazer algumas anotações que te facilitem lembrar das tuas uvas preferidas ou daquelas que não te agradaram tanto. Apesar de que muda de safra para safra, de país para país. É quase que infinito. Talvez por isso mesmo seja tão apaixonável. Que todos queiram estudá-lo.
O vinho me trouxe amigos virtuais, e muitos deles virtuais por total falta de oportunidade de estar perto.
O vinho me trouxe mais pra perto da música. As noites sempre foram compostas de vinho, música, cantoria, dança. E hoje divido com vocês.
O vinho me trouxe amores, por que não? Amores que igualmente eram/são apaixonados por vinho.
O vinho me faz rever amigos. Sempre marcamos um almoço/janta com vinho, claro.
O vinho me trouxe esta oportunidade de ouro de escrever uma coluna semanal, ainda que não dominasse e estou anos-luz de distância de entender o mínimo pra falar com propriedade da bebida, mas sobre minha paixão, ah essa sim, posso falar muito.
Hoje quero contar de um em especial, um vinho italiano que experimentei no começo desse ano e foram no mínimo cinco garrafas dele que consumi. Acho que pela primeira vez senti algo muito especial, diferente dos outros. Se pudesse compraria uma dúzia para ir tomando aos poucos.
Trata-se do Il Molino di Grace Chianti Classico 2013 (Orgânico).
“Ao abrir, sentirá uma vasta gama de aromas, desde o frutado (cerejas gordas, prontas para colher) até o carnudo e selvagem (almíscar, notas animais), junto a toques de ferro e fumaça.
Em boca, um vinho com acidez brilhante, corpo médio e excelente integração da fruta com a barrica. Robusto para um Chianti Classico, cheio de cerejas e morangos, com nuances de chocolate branco, oferece excelente persistência.” (Sonoma)
Não é tão barato, mas vale quanto pesa ou melhor custa. Entre 80 a 100,00.
Se tiverem a oportunidade, experimentem e me contem.
Para harmonizar esse Chianti vamos de Neri Per Caso, um grupo italiano, da cidade de Salerno, no sul da Itália, formado por irmãos e amigos, especializado num repertório à capela (cantos sem instrumentos) – Aqui cantando What a Fool Believes
Aproveitem a vida com vinho. Do barato ao caro, qual couber no bolso. Estamos juntos! Espero todos na sexta que vem. Porque vinho é a prova constante de que Deus nos ama e nos quer ver felizes, conforme disse Benjamin Franklin. Até!

6 respostas

    1. Olá, Zé, sim, música que não nos deixa parados. Harmonizar com este vinho italiano do qual falei ou um outro qualquer completa a experiência maravilhosa. Abraços!

    1. Oi, Marcelo, agradeço a visita e o carinho. Apesar de não achar que escrevo tão bem, fico feliz que tenha gostado. Um abraço!!!

  1. Ira…preciso te contar que não consigo sentir nada do que vc falou acima (ainda) rs rs rs….maaasss consegui observar a lágrima…e isso devo a vc e seus textos deliciosos além de ” educativos” para mim…. bjos

    1. Oi, Andréa, consigo sentir no paladar um vinho de melhor qualidade, mas é só..rsrs Estamos juntas e aprendendo juntas. Vou trazendo os assuntos aos poucos por aqui. Um beijo grandão!

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