Iramaia Loiola: Bate-papo com vinho branco

Querido Vinho,

Quando criamos esta coluna, eu e o Andreoli, a ideia era falar sobre minha paixão pelo vinho sem as firulas todas dos entendidos, mas apenas o dia a dia de quem abre uma garrafa e bebe. Bebe por prazer, não para mostrar que é mais que uma outra que prefere, digamos, a cerveja.

Acho que tenho conseguido trazer essa carinha para coluna desde o início. Conversamos com sobre pontos importantes para não ficar totalmente no zero a zero. Falamos de taninos, de acidez, de aroma, de corpo, de harmonização (muito por cima porque até hoje sei o básico e harmonizo com o vinho que tenho..haha) e de tantos outros assuntos. Já são mais de dois anos.

Mas eu me sinto meio como aquela pessoa que começa um curso de inglês, sabe, e que não dá continuidade, fica sempre no verbo To Be. E por enquanto está tudo bem.

Leio e vejo vídeos conforme vão aparecendo para mim. Procuro matéria para a coluna, mas o que eu gosto de fato é de conversar com vocês, falar o que andamos degustando, quais vinhos nos agradaram, experiências particulares.

Agora mesmo fui fazer um teste que propunha a harmonização de 5 pratos e 5 vinhos. Sabemos que peixe, frutos do mar, são harmonizados com vinho branco, por exemplo. Aí, tínhamos a opção, no teste, de Chardonnay e Sauvignon Blanc para peixe assado e risoto de camarão. Não saberia escolher com tanta precisão assim. O que aconteceria na vida real? Qualquer vinho branco que tivesse em casa, seria servido e muito bem apreciado. Claro, acredito que não seja uma regra engessada. Na verdade, você toma o vinho que mais lhe agrada.

Este fim de semana fizemos ceviche e peixe assado. Começamos com um Santa Julia – Sauvignon Blanc da Bodega Santa Julia de Mendoza na Argentina. Delicioso! Conforme o teste, o Chardonnay seria o escolhido. Não tem problema. Foi o nosso próximo..haha

Um delicioso blend de Chardonnay com a Viognier (aqui você encontra sobre a uva Viognier que escrevi para a coluna Iramaia Loiola: Uva Viognier – Sim!)  Chama-se Montevideo – n1 da Família Traversa de Montevidéu no Uruguai.

Ambos muito gostosos, teor alcoólico alto 13,5%. O uruguaio Chardonnay tem notas amadeiradas pela sutil presença da madeira. Aromas florais e frutas tropicais. Nós sempre sentimos o abacaxi primeiro, às vezes pêssego e aí resumimos: frutas amarelas (risos)

O argentino, muito refrescante, redondinho. Notas de toranja e abacaxi (não falei..rsrs)

Se acharem, vale a pena.

Para harmonizar com a nossa música da semana, escolhi um cover de November Rain – Guns N’ Roses numa performance super bacana de um cara que acabei de conhecer e já curti demais. Espero que vocês também gostem.

Nos vemos semana que vem.

Cheers!!!

Iramaia Loiola

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Imagem:  Istockphoto

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