Iramaia Loiola: Dê ao Rosé uma chance

rosé

As minhas experiências com vinho rosé foram poucas, confesso. Talvez por ter uma variedade enorme de tintos a serem descobertos, degustados, aprendidos, amados. Em matéria de vinhos não me prendo a um único. Nestes anos todos tenho provado os mais diversos. Confesso que tenho uma quedinha pelos tintos.

Comecei com uns mais baratos e agora estou nos baratos. Até outro dia fui questionada sobre o que eu achava caro ou barato em matéria de vinhos. Acho caro aquele que não cabe no meu bolso. Gostaria de ter tido a oportunidade de experimentar vinhos classudos, quem sabe ainda vou, mas isso não importa agora. Sinceramente, me divirto com os meus. Sinto-me satisfeita. Tenho noites e tive noites maravilhosas com todos eles. É como dizem “love the wine you’re with” – ame o vinho que você está tomando.

Hoje estou num rosé. Vou na contramão do clima. Justo agora que começa a esfriar poderia investir nos tintos encorpados pra dar aquela esquentada no corpo e na alma. Que nada, compro e tomo o que estou com vontade. Mas claro, Rosé casa bem com sol e é um vinho ótimo para um happy hour ou praia. Tem cara de praia. Tem cara de festa. E se você está com uma companhia, num date amoroso pode ser uma boa opção.

Alguns vinhos tintos mancham tanto a boca e os dentes que nos fazem parecer vampiros logos após suas refeições.

Aliás se você não quer dentes roxinhos à noite, evite Cabernet e Malbec. Ainda assim se insistir num tinto vá de Pinot Noir. Uma dica que li por aí, e não sabia, é carregar lencinhos de papel na bolsa ou bolso e entre uma taça ou outra dar uma fugidinha até o toilet e esfregar os dentes com o papel. Bom, pelo menos evitamos o look vampiresco durante o encontro.

Não quer ter todo este trabalho? Está num dia quente de verão? Deixe o preconceito de lado e pede um Rosé. Os melhores são feitos na França – Rosé, o próprio nome indica. Mas dá pra arriscar vários outros. Consome-se este vinho jovem, sempre. As uvas utilizadas são muitas. A minha hoje é de Malbec. Os rosés têm colorações variadas, dependendo da uva, método de extração. Só pra vocês terem uma ideia, um do métodos, o de prensagem começa como se fosse o de um vinho tinto normal. A prensa separa a casca do suco e a coloração vem do tempo de contato da casca com o suco extraído. Menos tempo fica nesse tom mais clarinho e lindo; mais tempo, fica tinto.

Os mais velhos, como eu, devem se lembrar de quando íamos às locadoras em busca daquele filme. Ficávamos horas lendo as sinopses, procurando premiações e até a própria capinha chamava a atenção. Com vinho não é muito diferente. Leio os rótulos, vejo de que região é, se tem uma historinha de como foi feito, algum porquê do nome e vocês sabem que sou fã também de um rótulo bonito.

E foi assim que escolhi meu Rosé de hoje que harmonizou muito bem com uma música super alto astral e energética –> Clean Bandit – Rather Be ft. Jess Glynne

When I am with you, there’s no place I rather be

Quando estou com você, não há outro lugar que eu prefira estar.

Saúde a todos! Nos vemos sábado que vem aqui para o nosso bate-papo semanal.

13 respostas

  1. Linda e leve como sempre sua coluna….hoje aqui e Portugal( ainda) será dia de fazer isso…ler os rótulos “a procura de um filme”, e por coincidência meu marido torceu o nariz para o vinho rosé outro dia….. prometo que darei mais atenção a ele hoje…pq sei que os vinhos do Porto já estão garantidos por ele rsss…obrigada pela dica, usarei com sabedoria…bjos

    1. Andrea, os rosés são vinhos alegres, na minha opinião. Para dias quentes de sol, praia, chapéu, pernas pro ar. Chic! rsrs Beijo enorme e aproveite aí (sei que está)

  2. Maya me faltam palavras. Seu texto nos prende de uma tal maneira que nos dá vontade e gostinho de quero mais. Encontro uma vez por semana é muito pouco.Precisamos rever isso. Por enquanto até semana que vem. Cheers ??

    1. Primooo, mais que um, a cabeça frita e vou precisar de mais vinho…hahaha Beijo grandão! Obrigada pelos comentários todos e repostagens dos meus textos. <3

    1. Zé, compra um e prove. Deixa esquentar um pouco mais. Por estes dias fiquemos nos tintos..rs Está valendo a pena! Beijão!!

  3. Ira, você escreve tão bem que até para os não tão apaixonados por vinho se deliciam com suas palavras doces e leves como a de um vinho rosé. Cheers!

  4. Eu também fico com os tintos. Quando não, vou de branco.
    Os rosés ficam com 0,01% do consumo, mas já tomei em festas e em dias de sol.
    Também já comprei pela beleza da garrafa. Tem um, da Villa Francioni, que além de bom, é vendido em uma das mais belas garrafas que já vi.
    Uso, até hoje, para as cachaças de alambique.

    1. Pelo menos você deu a ele uma chance..rsrs Renato, você sabe da minha preferência também. Mas olha, me lembro direitinho de um dia que bebi um rosé pra lá de especial. Vez ou outra salpicarei minhas escolhas com este vinho tão alegre. Um beijo grande!!

  5. Meu pai, que não era um conhecedor de vinhos, dizia que a melhor bebida é aquela acompanhada de uma boa companhia e de um bom momento para celebrar 🙂 Parabéns pela coluna. Vc escreve muito bem… com um leve aroma frutado de sinceridade e um retrogosto de elegância e humildade.

    1. Fernando, os pais sempre são sábios no que dizem. A companhia e todo o resto que completa o pacote, a música principalmente, dá o tom da bebida que pode ser um rosé divertido, um branco agradável e fácil de beber, um tinto sedutor. :))) Obrigada por ter vindo aqui e pelo comentário tão simpático. Um beijo grande!

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