Sabemos que a vida é curta e que devemos aproveitar cada instante, mas, na prática, muitas vezes nos perdemos na correria do dia a dia. Você já se perguntou por que é tão difícil viver o agora?
Frequentemente, julgamos os outros pela forma como nos fazem sentir. Projetamos neles a responsabilidade de preencher nossas lacunas emocionais, curar nossas feridas e até mesmo de “parar o tempo” até que estejamos prontos para lidar com os nossos padrões. Mas a verdade é que a vida não espera. O tempo do outro não segue o mesmo ritmo que o nosso. Quantas vezes você paralisou esperando que algo ou alguém mudasse, enquanto a vida continuava acontecendo?
E assim, sem perceber, deixamos de viver o presente – o único momento que realmente temos. Cada instante é uma oportunidade de acolher nossa vulnerabilidade, de nos abraçarmos em nossas dores e desafios. Como seria olhar para você mesmo com mais gentileza, aceitando seus limites sem julgamento?
Seria ótimo poder rebobinar a fita e escolher outro caminho, mas isso não é possível. Aceitar que o passado não pode ser mudado, mas que o presente está em suas mãos, é um ato de coragem. O que você faria agora se soubesse que esse momento tem o potencial de transformar a sua história?
Muitas vezes, julgamos pessoas e situações antes de realmente conhecê-las ou experimentá-las. Praticar o olhar do coração – um olhar mais compassivo e amoroso – pode mudar a forma como nos relacionamos com o mundo. Você tem dado às pessoas e experiências a chance de se revelarem além de suas expectativas? E se algo não ressoar com quem você é, apenas permita-se se afastar e buscar ambientes e relações que acrescentem em sua evolução.
O ambiente onde criamos raízes pode nos prosperar ou nos paralisar. Cuide da sua ambiência, dos seus olhares e do assento que tem ocupado nesta jornada chamada vida.
Vivemos comparando nossas vidas às dos outros e, muitas vezes, nos entristecemos com as conquistas alheias. Você consegue vibrar pela felicidade dos outros sem que isso diminua a sua própria luz? Não reclame da colheita do vizinho; ele pode estar cultivando há mais tempo ou com mais dedicação do que você. Se você deseja resultados diferentes, esteja disposto a passar pelo processo. Em vez de se lamentar ou desejar a colheita do vizinho, utilize esse olhar como uma oportunidade de aprendizado e inspiração para aprimorar o seu próprio cultivo.
O que você está disposto a fazer para preparar o seu solo e ter novas colheitas?
Sim, existem desafios emocionais e sociais que podem travar a nossa jornada, mas também é nossa responsabilidade olhar para eles e buscar caminhos, aceitando aquilo que é possível fazer no momento. E lembre-se, o simples ato de não escolher nenhuma direção já é uma escolha.
Quais escolhas você tem feito hoje, mesmo sem perceber?
Se neste instante não é possível mudar tudo o que deseja, planeje-se para o futuro.
Os recursos que você precisa já estão dentro de você – só precisam ser ativados. Terapia, leituras, atenção plena, constelações, ambiência, bons relacionamentos e outras ferramentas, podem ser caminhos para acessar esse potencial.
O que você está esperando para dar o primeiro passo?
No final, o outro é apenas um ativador dos nossos gatilhos, mas cabe a nós decidirmos o que faremos com isso. O “copo de veneno” que recebemos pode até nos ser oferecido, mas somos nós que escolhemos bebê-lo ou rejeitá-lo. Assuma o compromisso de olhar para dentro, acolher suas feridas e transformá-las. Porque, no final, é sempre sobre a gente – sobre como escolhemos viver, reagir e crescer diante da vida.