Kacau: Incertezas do Twitter fazem usuários migrarem para outra plataforma

A última aquisição de Elon Musk ainda está dando o que falar e gerando especulações negativas.

Após finalmente comprar o Twitter, o empresário anunciou uma nova fase da plataforma, o Twitter 2.0.

O problema é que essa fase chegou com muitas polêmicas, envolvendo demissões em massa, fim do home office, corte de regalias, selos de verificação pagos, recursos de edição e a nova política da rede social que exige comprometimento absoluto por parte dos funcionários perante as novas regras.

Segundo informações do The New York Times, após as demissões em massa, no dia 16 de novembro o empresário deu 36 horas aos funcionários remanescentes da plataforma para deixarem a empresa ou então assumirem fervorosamente o compromisso da nova fase, sendo que para isso, teriam que assinar um formulário de comprometimento.

No dia seguinte, o resultado veio através de demissões voluntárias de um grande número de funcionários que preferiram abandonar a companhia.

Prevendo o quadro, Musk já havia recrutado profissionais da Tesla para darem sequência nesse trabalho, mas a situação não é das melhores.

O fato é que a ambição de Musk parece ter perdido o controle e talvez colocado a plataforma em risco, já que seus colaboradores não estão totalmente de acordo com algumas mudanças e o público também mostra-se inseguro em relação ao novo funcionamento da política da rede.

Até então, especula-se uma crise no Twitter, já que os escritórios estavam fechados até segunda-feira, 21, devido à suspensão dos funcionários.

Sentindo a tensão e o clima incerto da plataforma, os usuários começaram a cogitar  sobre o fim do Twitter, e hashtags como #RIPTwitter #TchauTwitter e #TwitterDown agitaram a rede nesta última semana, liderando a trend.

Essas hashtags impulsionaram a plataforma levando o Twitter ao seu maior recorde de acessos, pois soaram como uma despedida, gerando alvoroço e curiosidade do público.

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O fato é que quando uma plataforma entra em crise ou deixa os usuários inseguros, rumores de todos os tipos surgem e sendo fake news ou não, abrem uma janela para que outras plataformas ganhem visibilidade e oportunidade.

É o que está acontecendo com a Koo, uma rede social indiana que viralizou na última sexta-feira, 18, como alternativa caso o Twitter seja descontinuado.

A plataforma carrega o símbolo de um passarinho amarelo e tem um nome cuja pronúncia em português abriu espaço ao humor com várias piadas e memes.

Algumas marcas como Burger King e Ponto Frio entraram na brincadeira para gerar engajamento. Já criaram suas contas e agora estão chamando outras marcas para fazerem parte da plataforma também.

Os brasileiros, por sua vez, incluindo alguns influencers, não ficaram de fora. Até dias atrás eram cerca de 2 mil cadastrados apenas, mas na última sexta-feira, 18, após os rumores de um fim no Twitter, chegaram à 1 milhão e este número não para de crescer. Fato que fez o app lançar uma versão em português e voltar sua atenção ao público brasileiro.

Mesmo não sendo uma migração definitiva, o movimento está causando uma grande instabilidade no Twitter e quedas consideráveis para a plataforma.

O que realmente está acontecendo ou vai acontecer, assim como as verdadeiras intenções de Elon Musk com o Twitter, só o tempo vai dizer, mas as ideias propostas por ele estão levantando rumores negativos que podem de fato prejudicar a plataforma.

Porém, ao mesmo tempo, sabemos que a polêmica, o suspense, a crise e até mesmo o caos podem se transformar em grandes estratégias de marketing ou anteceder uma grande jogada que ainda esteja por vir, afinal, este foi o investimento mais caro feito por ele até hoje, então, ficaremos no aguardo das cenas dos próximos capítulos, cientes de que tudo pode acontecer e a qualquer momento.

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