Fábio Muniz: Momento de Refexão – Apresentação

Que alegria poder estar aqui com todos vocês!

É um privilégio estrear no portal do meu querido amigo Luiz Andreoli. Talvez você me pergunte, “Fábio qual será o tema da tua coluna?”

Ótima pergunta! Vamos lá. Em inglês nós dizemos:“Primeiro o primeiro…” 

Pois bem, a minha coluna se chamará “Momento de Reflexão”.

– “Fábio, eu tenho pavor de religião!” Talvez você me diga.

– “Eu também!” Eu responderia.

– “Mas como assim?!” Você me perguntaria assustado.

– “Ora, a religião não tem nada a ver com a proposta que nós temos para você. Aliás, você sabia que Jesus nunca puxou assunto sobre religião?”

–  “Não acredito!!! Nunca ouvi falar sobre isto!?” Talvez você me respondesse ainda mais assustado.

–  “É verdade. O projeto de reflexão de Jesus tem a ver com o encontro humano. O projeto de reflexão de Jesus tem a ver com a verdade, a espontaneidade, a sinceridade e a leveza. O projeto de reflexão de Jesus tem a ver com a coragem de viver sem máscaras, tem a ver com o amor absolutamente incondicional e unilateral de Deus para com o homem”.

-“E a religião, Fábio?” Você curiosamente seguiria me perguntando.

-“Meu caro amigo, a religião nada mais é do que a tentativa do homem se “re-ligar” com Deus. Ora, este processo termina em “ritos programados” e em “cartilhas” mecanizadas de catequeses já pré-determinadas que levam irremediavelmente o ser humano a ter uma relação de barganha com este “tal ente” chamado de “Deus”.

Ora, esta jornada reflexiva toma lugar na geografia do nosso coração onde encontram-se inegavelmente as nossas sombras, sustos e paradoxos.

Você topa? Você vem comigo?

A jornada reflexiva é um caminho, não é um atalho. A jornada reflexiva é uma maratona, não é uma corrida de 100 metros rasos. A jornada reflexiva é um processo.

Eu aprendo humildemente todos os dias. Eu aprendo com as culturas nas quais eu estou exposto todos os dias. Eu moro na França. A França é o sexto país que faço residência. A França é considerado um país pós-cristão. A França carrega a herança das guerras religiosas francesas no inconsciente coletivo, e esta é a razão pela qual no dia a dia eu percebo que há tanta repugnância se o assunto é religião.

Aliás, as guerras religiosas francesas só não foram piores do que as guerras dos 30 anos na Europa.

Isto posto, o meu objetivo é caminhar com você, aprender com você, rir com você, chorar com você, se alegrar com você. Conquanto o mundo esteja cansado de “conversas religiosas”, o mundo não está cansado do encontro humano sincero, do amor sem falsidade, do respeito mútuo, do abraço aconchegante. Na realidade, o mundo mais do que nunca carece do encontro humano…

Mais do que nunca…

Nestes dias de tanta aflição, perguntas sem respostas e crise pandêmica, o convite é parar; respirar fundo e ter um momento profundo de reflexão e reavaliação dos valores humanos.

Posso te fazer uma pergunta? Você me permite?

Obrigado!

Pois bem, qual foi a última vez que você parou, silenciou o teu interior no “corre-corre da vida”, fechou os olhos e sentiu o teu coração bater?

Eu te convido a fazer esta viagem comigo todas às segundas-feiras.

Você vem?

Venha “des-religiogizar” Jesus comigo. Venha!

Ajuda-me a desconstruir a falsa idéia de que Jesus é o fundador do Cristianismo.

Vamos juntos e ficaremos cara a cara com Jesus nas narrativas dos Evangelhos.

Eu quero te contar um último segredo. Sabe qual é?

Nestes últimos anos, cada pessoa que eu encontrei, cada pessoa que eu escutei, cada ser humano que me fez sorrir, cada café, cada indivíduo que carregava uma riqueza indizível e única de tantas culturas e países…

Ainda que eu sentisse no nosso diálogo uma resistência abissal quando o tema era “religião”, jamais eu percebi resistência quando o tema era fazer uma viagem reflexiva  das palavras de Jesus segundo a simplicidade e leveza do Evangelho. Sabe porquê?

Porque Jesus se tornou a pessoa mais controvertida, e paradoxalmente, a pessoa mais fascinante que o mundo já recebeu no curso da história.

Eu te falo mais sobre este caminho e momento de reflexão na próxima segunda-feira. Combinado?

Beijão.

Até lá!

Fábio Muniz

Lyon, França

**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.

Imagem 01: Arquivo pessoal do Colunista

Imagens 02 e 03: Freepik

 

17 respostas

  1. Tenho o privilégio de ser amigo do Fábio há muitos anos. Ele tem muito para compartilhar. É um jovem pensador e escritor que merece a nossa atenção. Vale a pena conhecer seus pensamentos e filosofia de vida. Será um encontro muito significativo. Aproveitem.

    1. Gostei muito da abordagem. Estou ansiosa para desfrutar desses momentos de reflexão que certamente trarão muitos ensinamentos. Parabéns pelo trabalho!

  2. Essa coluna será realmente enriquecida com a participação do Fábio. Sujeito inteligente, humilde e, sobretudo, agregador. Curti muito a primeira reflexão. Já estou esperando a próxima!!!

    1. Thanks Fábio and google translate! I enjoyed the way the reflection was framed as happening within the geography of our hearts, where our shadows and paradoxes are undeniably found. It is rare that poetic phrases translate well. As a fan of the Danish philosopher Søren Kierkegaard, I really enjoyed that line and use of the word paradox 🙂 . At that point I said, “yeah, I’m coming with you!”

  3. Muito bom meu querido amigo. A fé tem muito mais a ver com o relacionamento pessoal de que os ritos que engessam a vida. Parabéns pelo texto.

  4. Fabinho… Pensar que suas primeiras pregações foram na minha casa!Nesse tempo já se podia ver o grande homem de Deus que se tornaria. Me sinto lisongeada em ter vc como irmão/amigo. Parabéns pelo tema escolhido e que Deus te abençoe cada dia mais, muito sucesso nessa nova empreitada. Abraços pra vc e sua linda e abençoada família.

  5. Vai ser um prazer te acompanhar aqui Fábio. Essas reflexões estão muito ligadas ao meu momento atual de vida, e tenho certeza que vou aprender muito contigo. Um abraço

  6. Querido Fábio, continue cada vez mais a OBDC JESUS e nos enviar mensagens em alinhamento com o seu Reino.
    Parafraseando Nietzche: A religião é o mais frio de todos os monstros. Ela mente friamente; de sua boca sai a mentira: “in God we trust”. Confiamos em Deus.

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