O que vem depois da “fama” e do “sucesso”?

Bom dia meus queridos amigos,

Eu cresci em dois mundos: um mundo chamado “business” e o outro mundo chamado “igreja”. Eu trabalhei em muitas empresas e algumas delas com reconhecimento mundial. Eu cresci navegando em diversas tradições cristãs e conhecendo este mundo eclesiástico muito bem. Em ambos mundos, eu vi gente querendo subir, querendo crescer, querendo conquistar e chegar até a suposta “fama” e o “sucesso”.

Faziam de tudo para chegar no topo da montanha!

Algumas vezes, sem se importar estavam passando por cima de alguém, ignoravam as questões éticas, ou possuíam um sentimento egoisticamente narcisista. Infelizmente o que predominava era a tal filosofia maquiavélica: “Os fins justificam os meios!”

Não importa o método. Importante é atingir o objetivo final!

Pois bem, os anos passaram, e eu percebi que este fenômeno está espalhado pelo planeta em diversas culturas e em muitos outros mundos.

Na sala de aula às vezes vejo que sempre há alguém buscando o aplauso, o reconhecimento dos demais. No círculo de amigos, os “likes” do Facebook e no Instagram são perseguidos incansavelmente!

Nas ONGs que deveriam ser altruístas, muitas delas possuem uma fachada e cara para fora de ajuda humanitária, mas no fundo e afinal de tudo, o sucesso e a fama são os troféus de poder como parte de uma busca constante.

O empresário quer ter, conquistar mais mercado, ganhar mais lucro, subir mais e mais, até que ele chegue no topo da montanha!

O pastor não cessa de buscar o pseudo-sucesso e o topo da montanha também.

Na realidade, o indivíduo nem sabe porque, mas pulsa uma estranha e incompreensível sensação de “fama” e “sucesso” dentro dele.

Ora, e depois? O que vem depois da “fama” e do “sucesso”?

Eu acho extraordinária a frase do Thomas Merton que traz um poder significativo a esta busca que não há um “depois”, pois afinal de contas, o indivíduo se dá conta que não há absolutamente nada no topo, não há nada para ver e tampouco para seguir escalando.

E mais ainda, quando ele chega no tal topo, ele se dá conta que deverá descer porque a sua motivação para a tal “pseudo-fama” e “sucesso” eram superficiais e incapazes de trazer a plena realização do seu ser!

Thomas Merton disse, “As pessoas podem passar a vida inteira subindo a escada do sucesso apenas para descobrir que quando chegam no topo dela, a escada estava encostada na parede errada”.

Simples assim.

Isto posto, eu espero de todo o meu coração que você e eu estejamos preocupados em viver um dia de cada vez, e cuidar daqueles que estão bem do lado de cada um de nós, ao invés de correr atrás de um pseudo-sucesso. Correr atrás de vento!

Aliás, este princípio simples me traz ecos do tão conhecido e sábio rei Salomão que dizia, “Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade”.

Boa semana para todos vocês.

Até a próxima!

Collonges-au-Mont-d’Or

 

 

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