O mundo vive um período diferente, cheio de medos e incertezas como há muito tempo não se via.
A pandemia de COVID19 se espalhou pelos continentes e a todo instante vemos pessoas se contaminando, morrendo; os hospitais lotados.
As notícias na TV, nos jornais, na internet e no rádio mostram números surpreendentes de pessoas esperando por uma internação sem saber se conseguirão um atendimento, um tratamento. Faltam leitos nos hospitais; nas UTIs e enfermarias. As unidades de saúde não dão conta de atender mais ninguém e o vírus atinge indiscriminadamente a todos. O medo cresce e a população começa a desenvolver outros tipos de doenças: a depressão, a ansiedade e o estresse.
A melhor maneira de se proteger do coronavírus é ficando em casa, em quarentena, mas isso nem sempre é possível. Sem poder ficar isolada surgem os quadros de ansiedade: Será que vou me contaminar? Se eu ficar doente, será que fica a minha família? E se eu morrer?
Vemos, então, que, mesmo em casa, o isolamento social pode levar a quadros de ansiedade, depressão.
O longo período que já dura a pandemia, a falta de contatos sociais, a distância de amigos e parentes, o trabalho solitário online, o medo de contágio quando é inevitável sair para atividades essenciais ou de trabalho e o isolamento, tornam ainda mais intensos os estados depressivos.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) realizada entre os meses de março e abril de 2020, mostrou que os casos de depressão praticamente dobraram, enquanto os de ansiedade e estresse aumentaram 80% desde que a quarentena começou. Isto vem se agravando.
Por isso, nesse momento, o acompanhamento psicológico é muito importante porque auxilia as pessoas afetadas, assim como seus familiares, dá suporte e possibilita que falem de seu medo, sua dor.
Cecília Telles
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Uma resposta
Bom saber que podemos ter quem nos ouça nestes tempos tão difíceis. A pandemia realmente está nos deixando muito ansiosos.