Quando falamos em hérnia de disco, estamos pensando em uma doença degenerativa do disco intervertebral, onde se encontra entre dois corpos vertebrais, e como é um processo degenerativo o disco passa por fases de desgaste até chegar na famosa hérnia de disco.
A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras móveis sendo:
- 7 Cervicais;
- 12 Torácicas;
- 5 Lombares.
As cinco vértebras sacrais são fundidas no adulto para formar o sacro. As quatro vertebrais mais inferiores, também se fundem para formar o cóccix.
Entre as vértebras existe o disco intervertebral, que separa os corpos vertebrais, permitindo às vértebras dobrar-se umas sobre as outras. Uma condição importante do disco é a dissipação da energia mecânica, através de deformações que estes sofrem ao receber as forças solicitantes, ou seja, ele é capaz de absorver a pressão proveniente dos movimentos.
Quando temos um desgaste no disco, ele perde sua capacidade de amortecimento e nutrição. Esse mecanismo nada mais é do que o processo de envelhecimento do disco intervertebral, para algumas pessoas o gatilho dos sintomas pode ser uma má postura com sobrecarga mecânica (a mais comum), pode ser genético e descobrir esse desgaste com 30 anos de idade e outras pessoas podem apresentar o envelhecimento do disco, via exame de imagem, mas nunca apresentar qualquer sintoma relacionado.
Para chegar a hérnia, esse processo degenerativo precisa passar por algumas fases:
- Grau 1: Abaulamento discal: onde esse disco apresenta fissuras, rupturas e diminuição da altura.
- Grau 2: Protrusão discal: além de apresentar fissuras, diminuição da altura, temos a presença de leves rupturas do núcleo pulposo (estrutura localizado no centro do disco).
- Grau 3: Extrusão: as mesmas caraterísticas do grau 2, porém já com rupturas no núcleo do disco.
- Grau 4: Sequestrada e/ou Hérnia: apresenta todos os graus anterior, porém o núcleo do disco encontra-se totalmente danificado. Esse líquido dentro do núcleo escorre e toca as raízes nervosas, gerando um processo inflamatório, comprimindo o nervo.
O tratamento eficaz é o conservador, onde a fisioterapia terá um papel importante no alívio de dor e do processo inflamatório, no relaxamento da musculatura local, orientação em relação aos cuidados da postura no dia a dia, juntamente será incluído os exercícios específicos de estabilização segmentar, o RPG e outras terapias manuais necessárias para que o paciente volte a ter sua funcionalidade.
O tratamento geralmente é de médio a longo prazo e depois o paciente será encaminhado aos cuidados do educador físico, onde será realizado um planejamento diário de atividade física específica para não ter recidiva dos sintomas. Sempre procure um profissional da área da saúde especialista em reabilitação e performance.