Tem tiro que sai pela culatra. Três jovens estudantes de uma universidade particular de Bauru/SP, no início do ano letivo, publicaram vídeo no Twitter ridicularizando uma companheira de classe que tinha mais de 40 anos:
“Gente, quiz do dia: como ‘desmatricula’ um colega de sala?”
Logo depois, outra responde:
“Mano, ela tem 40 anos já. Era para estar aposentada”.
“Realmente”, concorda a terceira.
“Gente, 40 anos não pode mais fazer faculdade. Eu tenho essa opinião”.
Para finalizar, uma delas disse que a aluna com mais idade, provavelmente, “não sabe o que é Google”.
O preconceito em relação a idade tem o nome de etarismo. Uma pessoa pode ser considera “velha” quando ingressa num grupo onde a maioria dos integrantes é composta por jovens. Numa sociedade que preza e valoriza a juventude, o ser mais velho é discriminado. E o pior, é que o mesmo fenômeno também acontece em academias de ginástica e outros locais onde a predominância é do público jovem.
O caso ganhou grande repercussão na mídia nacional. Juristas levantaram a possibilidade de as três alunas responderem por crime em razão da ridicularização que promoveram contra aluna da mesma sala de aula. Advogado de uma das jovens expediu comunicado nas redes sociais afirmando que sua cliente estava sendo alvo de ameaças e linchamento virtual.
A universidade informou que tinha aberto um processo disciplinar para apurar a conduta das estudantes, mas o caso foi finalizado devido a desistência delas do curso.
E mais uma vez um ditado popular se faz presente, ou seja, quem com ferro fere, com ferro será ferido.
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