PIX e o sequestro de curta duração

Antigamente, criminosos ao realizarem assalto diziam: “passe a carteira”, e tinha lógica, porque desejavam o dinheiro das vítimas. Depois de anos, a frase inicial do roubo mudou: “Passa o relógio”.

Com a popularização dos smatphones, o desejo passou a ser outro: “Passa o celular”.

Com o advento do PIX em set/2022, outra mudança brusca de comportamento dos criminosos ocorreu: “Passa a senha do aplicativo do seu banco”.

Portanto, estamos na era do sequestro de curta duração, onde a vítima é mantida refém por um período suficiente para que as transferências via PIX aconteçam até esvaziar todos os seus recursos. E a notícia ruim, é que até dentro do local de moradia a segurança não é mais garantida. O lar não é inviolável, como diz a constituição brasileira. Bandidos não estão nem aí para os ditames legais. Foi o que aconteceu, recentemente, na cidade de Bertioga, litoral de São Paulo, onde uma idosa de 73 anos foi surpreendida por 3 marginais no interior de sua residência. Eles não desejavam objetos e eletrodomésticos da casa. Queriam entrar no seu celular e escoar todas as suas economias pelo canteiro central chamado PIX. E foi o que fizeram, sendo que o

Correntistas que aderiram ao aplicativo no celular para movimentação simplificada de dinheiro, se tornaram terminais bancários ambulantes, só que totalmente desprotegidos nas ruas e quase sempre em seus próprios lares.

E não adianta dizer que não tem essa preocupação porque não tem fundos na conta bancária ou até está como devedor. Algumas vítimas nessa situação, ao registrarem boletim de ocorrência, afirmaram que os meliantes conseguiram levantar valores que estavam disponíveis no cheque especial, crédito pré-aprovado e até financiamento “on line”, onde o dinheiro solicitado entra na conta com rapidez impressionante.

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