Já faz um bom tempo que cartões magnéticos são acionados através do chip, tecnologia atualíssima que trouxe muito mais segurança nas transações e impede sua clonagem. Nesse aspecto, a evolução foi grande quanto a segurança dos clientes, particularmente no sentido de evitar problemas com golpistas.
Por outro lado, o leitor já deve ter observado que seu cartão de crédito ou de banco ainda possui a famigerada tarja magnética?
Recebi nesta semana meu novo cartão de crédito e, novamente, a tarja continua lá.
Mas qual a finalidade desse antigo e arcaico dispositivo?
A explicação é simples: as máquinas de débito ainda possuem leitor de tarja magnética, pois é a opção, o plano B caso o chip, por algum motivo, não efetue conexão com o aparelho. Assim, o comerciante não perde a venda.
O problema, é que a tarja magnética pode ser facilmente surrupiada através do equipamento que tempos atrás era utilizado pelos golpista, qual seja, o “chupa cabra”, que nada mais é que um dispositivo que tem como função gravar todas as informações da tarja magnética.
Imagine a seguinte situação: um cliente, ao fazer pagamento num comércio, entrega seu cartão de crédito. No entanto, está entretido em usar o aplicativo WhatsApp. Se o funcionário tiver índole criminosa, aproveitará a distração da possível vítima para, discretamente, passar a tarja magnética do cartão no “chupa cabra”. Em seguida, ele insere o cartão na máquina e solicita que o cliente/vítima digite a senha, que deveria ser secreta. Como sua atenção está voltada para o celular, a digitação da senha é feita sem nenhuma cautela. Assim, o atendente/criminoso decora a numeração e passa a ter tudo que precisa para fazer compras em nome da vítima.
Duas dicas de segurança importantes:
1) Na hora de efetivar compra com cartão magnético, deixe celular de lado e foque atenção na operação.
2) Pegue a ponta de uma faca e passe na tarja magnética de seus cartões para, assim, evitar que o chupa cabra “clone” seus dados.
Jorge Lordello
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