Jorge Lordello: Quando o negócio é muito bom, o cheiro é de “maracutaia”

Sabe aonde o estelionatário fisga a vítima? A resposta está contida em duas estratégias: vantagem ou ganância. Muito se fala sobre roubo/furto de celular nas ruas, muito em virtude da imensa quantidade de imagens de câmeras de segurança que circulam pelas redes sociais e grupos de WhatsApp. Mas, posso garantir ao amigo leitor, que os golpes digitais que vêm sem aplicados no Brasil superam em muito os assaltos praticados nas vias públicas, fato que gera prejuízo imenso.

Depois que lancei o “Não Caia Na Roubada”, meu canal no YouTube, passei a receber centenas de mensagens de vítimas de crimes de estelionato. Chamo a atenção para duas modalidades das mais praticadas dentro dessa tipificação criminal, quais sejam:

1) Sites e perfis falsos em redes sociais voltados para venda de carros, celulares, eletrodomésticos, roupas e etc. A armadilha é simples, mas eficaz em enganar as pessoas. São anunciados produtos com preços convidativos. O interessado, vislumbrando fazer um ótimo negócio, deixa a segurança de lado e efetua o pagamento. Após o depósito, não consegue mais contato com o vendedor.

2) A clonagem de WhatsApp tem dado muita dor de cabeça às vítimas. Em posse dos contatos alheios, os bandidos digitais mandam mensagens para familiares e amigos solicitando depósito em dinheiro, normalmente em torno de R$ 1 mil a R$ 3 mil. O desprevenido acaba acreditando na solicitação e faz a transferência bancária sem antes falar diretamente com quem fez o pedido.

Observe o relato de uma das vítimas que entrou em contato comigo: “Na data de hoje, 13/08/2020, às 11:29, pelo Instagram, vieram falar comigo se passando por outra conta. Disseram que eu estava concorrendo a 3 dias de estadia com tudo incluso em um renomado SPA de massagem em São Paulo. Se eu tivesse interesse em participar, teria que enviar número de celular para cadastro. Não vi problemas e atendi ao pedido. Em seguida, entraram em contato solicitando que informasse código de confirmação que havia sido enviado naquele momento. Recebi o aviso no meu celular da chegada de SMS contendo o tal código e atendi o pedido. Só descobri que meu WhatsApp havia sido clonado quando alguns familiares ligaram para confirmar pedido de dinheiro que fora feito através de meu número telefônico”.

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Jorge Lordello

 

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Imagem: Freepik

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