Fachadas para o verão

Vocês perceberam que este verão chegou com muita força. Temperaturas acima dos 40ºC têm sido comuns nas grandes capitais brasileiras, trazendo desconforto e preocupação.

Quando pensamos na enorme quantidade de aparelhos de ar condicionado ligados então, percebemos como a temperatura do nosso país tropical pode ser culpada por extrapolarmos as cifras normais de consumo de energia, item cada vez mais caro nas nossas contas e na própria conta dos governos, o que justifica nossa preocupação.

Pensando neste problema, e aproveitando experiências dos países mais desenvolvidos, onde o consumo de energia é no sentido contrário, pois no hemisfério norte, o frio é o grande vilão da história, demandando enorme quantidades de fontes de energia para geração de calor, e o item relativo à isolamentos térmicos são tratados com maior seriedade. Pois bem, nestes países foi introduzida já há algum tempo, o conceito de fachadas ventiladas, ou fachadas respirantes.

Eu explico. Fachadas respirantes nada mais são que um conceito introduzido por meio de dois paramentos justapostos entre si com uma distância entre eles de 15 ou 20cm, criando um colchão de ar entre a fachada submetida à temperatura externa, e outra superfície interna, que transfere parte desta temperatura para os ambientes internos.

Quando o ambiente externo é frio, uma camada isolante é disposta entre os paramentos para auxiliar na retenção do calor interno, diminuindo assim a necessidade de calefação, reduzindo por consequência o consumo de energia de geração.

Quando o ambiente externo é demasiadamente quente, como nos países tropicais, o espaço criado entre os paramentos conduz, por convecção, parte do ar quente produzido, levando este volume aquecido para saídas superiores, antes que elas possam produzir o aquecimento dos ambientes internos.

Infelizmente, o Brasil ainda não produz materiais ou instalações adequadas, necessitando a importação destes sistemas, dos países mais desenvolvidos.

A implantação, em fase de revestimentos e esquadrias, ainda é cara para os padrões normais, porém, se pensarmos ao longo do período de vida do imóvel, haverá, com certeza uma redução dos custos referentes ao consumo de energia, principalmente quando se fala de energia consumida em ar condicionado.

Assim, esperamos ser cada vez mais comum, o uso desta tecnologia, e quem sabe, em breve, tenhamos fabricantes destes materiais, que poderão atender à demanda interna, já que os temas relativos à sustentabilidade e uso responsável de energia, estão bastante em evidência.

Abaixo, algumas imagens (fonte revista Tèchne) do visual obtido em alguns edifícios que utilizam esta tecnologia.

Maiores informações, consultem: rogerio.romanek@gmail.com

Até mais

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