Lordello: Segurança é polêmica nas assembleias de condomínios

Será que é fácil conduzir reunião em condomínio residencial quando o assunto é segurança? Quem já participou, sabe que a probabilidade de discussões e ofensas é muito grande. Muitos fatores levam ao acirramento dos ânimos, veja os mais comuns:

 

1)O eterno dilema Segurança X Comodidade. Enquanto alguns condôminos têm por objetivo morar em local seguro e, portanto, exigem atuação firme da vigilância física e equipamentos apropriados, outros, simplesmente, não aceitam se submeter a nenhum tipo de controle na entrada e saída do edifício, seja a pé ou com seus veículos, se negando, até, a abaixar os vidros dos carros para serem identificados pelos funcionários da portaria. Grande parte deles não admite que seus visitantes ou empregados domésticos passem por triagem e etc.

 

2)”Pra que gastar dinheiro com  segurança, nosso prédio é uma tranquilidade?” Esse é o pensamento das pessoas reativas, ou seja, que esperam o pior bater à porta para tomar alguma medida de proteção.

 

3)Sentimento de Negação: você já deve ter ouvido a história do avestruz que esconde a cabeça num buraco quando está com medo. Algumas pessoas, mesmo vislumbrando possibilidade de assalto, preferem “negar” que esse pressentimento venha se transformar em realidade. Mantém a mesma conduta insegura e assim lutam contra qualquer investimento na área de segurança.

 

4)Desavença entre Administradores: é comum o síndico ou diretoria que acaba de assumir, enfrentar resistência dos anteriores. É como na política, quando temos embates infindáveis entre situação versus oposição. Ao invés de avançar nas soluções dos problemas, as partes passam a duelar em debates nada produtivos.

 

5)Achólogos e Opinólogos: em assembleias de moradores convocadas para tratar de assuntos pertinentes à segurança, é natural que o síndico ou comissão de segurança tenham feito estudos propondo despesas em equipamentos físicos, eletrônicos, necessidade de contratação de mão de obra e propostas para maior rigidez na triagem de pessoas, veículos e mercadorias. Exatamente nesse ponto crucial, moradores pedem a palavra, e sem nenhum estudo ou análise anterior, agindo como se fossem experts em segurança, se contrapõem, veementemente, às sugestões apontadas.  Algumas vezes são vaiados pelo público, mas em muitas ocasiões, contaminam alguns presentes com suas teorias mirabolantes e tumultuam a reunião.

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Portanto, em razão de todas os problemas elencados, entendemos que a melhor estratégia para administradores é contratar um consultor em segurança e analista de risco, para levantar, tecnicamente, quais são as falhas e vulnerabilidades do condomínio. Cabendo, ainda, ao profissional expor, perante a assembleia, as soluções necessárias para aumentar o nível de segurança do local, destacando a relação custo benefício do planejamento. Esclarecerá tecnicamente, em seguida, todas as dúvidas e questionamentos que os participantes possam arguir.

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