Um jovem muito preguiçoso, ao ser questionado por que passava tanto tempo deitado na cama, respondeu: “Todas as manhãs, sem falta, participo de um debate interno. Quando acordo já estão aqui duas personagens, a “Atividade” e a “Preguiça”, que me apresentam argumentos discordantes. Uma insiste para que eu me levante, a outra me persuade a continuar deitado. Como um juiz imparcial tem o dever de ouvir todos os argumentos das partes, fico retido tanto tempo que, ao fim da minha decisão, já é hora de almoçar”.
Amigo leitor, uma grande parte da geração da internet encontrou dois grandes companheiros para o ócio, que são o whatsapp e as redes sociais. Futricar a vida dos outros e destilar veneno estando escondido atrás de um perfil fake, passou a ser a diversão cotidiana de muita gente.
Pesquisas demonstram que o tempo médio diário que o brasileiro fica na internet chega a 5,3 horas. No ranking mundial, ficamos em segundo lugar, só atrás da Indonésia, que chega a 5,7 horas de consumo diário. Imagine se o viciado internauta usasse 5 horas, diariamente, para realizar alguma “atividade” realmente produtiva. Com absoluta certeza obteria excelentes resultados, pois a persistência leva à excelência. O problema é que os dependentes de celular não percebem ou não assumem esse problema. É mais ou menos como o fumante, que não acredita que seu amigo inseparável possa lhe promover um câncer.
Os jovens que desistem de correr atrás de seus sonhos e metas por não querer mais enfrentar problemas e dificuldades, tornam-se preguiçosos e se adaptam à chamada zona de conforto. Nesse estágio da vida, ficar deitado na cama com os olhos pregados no smartphone é o caminho mais agradável. Mas e depois……..
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Imagem: Cena Ciberviciados (Digital Addiction) – Canal AXN