Conforme mostramos no artigo anterior, se você ainda não está vendendo online, aproveitando o momento atual, está perdendo muitas oportunidades, tempo e dinheiro. Apresentamos uma pesquisa de 2021 que mostra como as vendas por e-commerce cresceram 86% só em fevereiro de 2021. Segundo a Mastercard, empresa responsável por gestão de pagamentos por cartões, e o Sebrae, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, durante a pandemia 69% das vendas dos pequenos negócios têm sido online, acesse a pesquisa completa.
Esse aumento exponencial está acontecendo porque ao longo da última década as pessoas passaram a comprar online e com a pandemia esse número aumentou ainda mais. Devido à necessidade atual a opção de comprar pela Internet se tornou comum e para isso as pessoas se valem das boas referências seja de amigos, parentes, ou até de experiências pontuais do passado. Acreditava-se que tudo voltaria ao normal em 2021, mas nada mudou. Continuamos isolados em casa e com restrições ainda mais rígidas, o que tem feito as compras pela Internet crescerem a cada dia, transformando as vendas online em uma necessidade.
Se você não entende o universo digital, este artigo foi escrito para lhe oferecer orientação profissional. Apresentaremos a seguir os tipos de e-commerce existentes hoje para que você saiba qual mais se adequa ao seu modelo de negócio físico atual. Partindo da nossa experiência à frente da Alavanka digital, onde já transformamos diversos negócios físicos em online, explicaremos quais são os 7 tipos de plataformas mais comuns e suas características.
O que é o e-commerce e como funciona?
O e-commerce é o termo em inglês que define o comércio por meio eletrônico realizado em lojas virtuais existentes na internet. Pode ser a versão digital do comércio físico de lojas e shoppings ou existir somente na internet, com estrutura física apenas de estoque e logística. No mercado online são negociados tanto produtos quanto serviços; o atendimento é remoto e realizado através de chat, e-mails ou call centers, por exemplo.
É importante diferenciar loja virtual de e-commerce, pois os termos causam confusão. O e-commerce é o conceito de venda eletrônica e a loja virtual é o canal onde as compras e vendas acontecem. E como funciona o e-commerce dentro da estrutura de uma loja virtual?
A loja virtual de um e-commerce, seja ela de produtos ou serviços, é organizada em categorias, de forma que o cliente possa encontrar com facilidade aquilo que precisa. Quando existe a decisão de compra, o cliente é direcionado para uma página exclusiva na qual informará os dados para a entrega e realizará o pagamento do bem adquirido, nessa hora ocorre o cadastramento do internauta/cliente que poderá ser utilizado para futuras promoções, etc.
Logo após concluir a compra, basta o consumidor aguardar o recebimento do produto em sua casa ou no endereço de preferência, o que pode levar alguns minutos ou vários dias a depender do produto/serviço e da modalidade de frete. Através de rastreamento do pedido, junto com a nota fiscal da compra é possível acompanhar o trajeto ou as fases do envio do produto.
Hoje é possível trabalhar com e-commerce basicamente de três maneiras:
- Criar sua loja virtual desde o início
- Usar as plataformas de vendas unificadas, conhecidas como marketplaces (americanas, Buscapé, enjoei, OLX, mercado livre);
- Contratar uma plataforma de vendas online de terceiro, já com todas as funcionalidades e que permita customização de acordo com a necessidade do cliente;
É importante saber que esses sistemas diferentes podem ser utilizados de forma integrada, ou seja, você pode vender em sua loja virtual própria e integrá-la a um marketplace, realizando todo o gerenciamento das vendas em sua plataforma de vendas personalizada.
Definido o que é e-commerce e como ele funciona, conheça os sete principais tipos de e-commerce e exemplos deles existentes hoje:
- O B2B (Business to Business)
Toda a compra e venda feita exclusivamente de empresa para empresa, seja ela física ou online é conhecida como comércio Business to Business (B2B). Trata-se de uma venda entre duas pessoas jurídicas, tudo que a adquirente necessita da fornecedora é considerado um produto ou serviço viável para a negociação B2B. Como exemplo, suporte de TI, materiais de escritório, equipamentos, veículos, consultorias diversas, insumos, armazenamento de dados, mobiliário e outros tantos podem ser objeto de negociação B2B.
- O comércio B2C (Business to Consumer)
É um modelo onde uma empresa fornece produtos ou serviços direto ao consumidor final. Ele também é um modelo de e-commerce muito utilizado, pois nada mais é do que a extensão do varejo tradicional físico para o ambiente online, ou ainda a sua versão apenas online. Alguns exemplos de sites desse segmento são: Americanas, Casas Bahia, Netshoes, OLX, Magazine Luiza, entre outros.
- O comércio C2B (Consumer to Business)
O modelo Consumer to Business (C2B) já não é tão conhecido pela maioria das pessoas. No C2B acontece o inverso do B2C: As pessoas físicas, geralmente profissionais liberais, vendem para uma empresa. Como exemplo disso, imagine um site de concorrências online, onde a empresa anuncia que precisa de um determinado serviço e diversos profissionais enviam suas propostas e portfólios na área, permitindo à empresa fazer a escolha de quem vai contratar, como o site Workana. Outro exemplo de e-commerce C2B são os sites de vendas de bancos de imagens, vetores e outros elementos de design como o Getty Images e Shutterstock.
- O comércio C2C (Consumer to Consumer)
Sites como OLX, Mercado Livre e Enjoei são ótimos exemplos de C2C – de Consumer to Consumer. Nesses sites, qualquer pessoa física pode vender produtos usados para consumidores também pessoas físicas.
- O comércio T-commerce
O Television Commerce, ou T-commerce trata da venda pela televisão.
É uma modalidade que começa a ganhar Força. Como a TV digital está permitindo cada vez mais interatividade, essa é uma nova forma de vendas que ainda deverá ser muito mais desenvolvida e explorada. E tem a seu favor o aumento dos serviços de streaming, canais de tv personalizados ou nichos e de marcas.
Foto: Compra sendo feita por meio da televisão.
- O Comércio S-commerce
Mais comum hoje no Brasil, é o S-commerce, ou Social Commerce que é a venda através das redes sociais. Instagram e Facebook são exemplos de Plataformas que já permitem integrações dos perfis com o site da loja virtual, gerando o acesso do cliente aos seus produtos. Já que hoje a maioria dos usuários, principalmente de smartphones, passam horas conectados aos seus perfis nas redes sociais, essa é uma ótima estratégia de conversão de vendas.
Foto: Representação de compras online por meio das redes sociais
- O comércio M-commerce
M-commerce ou Mobile-commerce. Uma pesquisa da Mobile Time com a Opinion Box mostrou que 85% dos usuários de smartphones realizam ou já realizaram compras através desses dispositivos. E a tendência é que esse número cresça cada vez mais. Vender produtos exclusivamente via smartphones e tablets é uma adaptação natural do mercado digital, e tem sido feito através de apps ou anúncios em apps. Além disso, é preciso lembrar que muitas pessoas ainda hoje não possuem computador. Por isso ter uma interface amigável para celulares facilita a realização da compra por esse nicho.
Foto: Mulher faz compras online pelo celular.
Por Fabíola Calixto e Rodrigo Telles
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