Assinatura ou financiamento? Exige análise caso a caso

Nos últimos três anos o mercado de automóveis sofreu as consequências da pandemia da covid-19, falta de componentes e principalmente de semicondutores, interrupções temporárias da produção e falta ou limitação de oferta de vários modelos nas concessionárias. Entre as várias distorções que se seguiram, carros seminovos passaram a valer até mais que os zero-quilômetro. Ao longo de 2023 a produção cresceu e aos poucos o mercado volta à normalidade.

Esse cenário ajudou a tendência de glamorizar a assinatura como se fosse algo novo ou disruptivo. Na realidade é uma operação já muito conhecida como leasing (espécie de aluguel) operacional. Uma mudança de nome que traz vantagem ou dores de cabeça dependendo do perfil de quem tem condições de comprar à vista ou apenas de financiar.

A assinatura pressupõe que o interessado vai se livrar de administrar obrigações como contratar seguro e quitar impostos, taxas e revisões periódicas. Na realidade, apenas desembolsará por esses serviços de outra forma. Há situações imponderáveis como honrar a franquia do seguro, em caso de acidente.

Se optar por um plano de 1.000 km/mês, por exemplo, terá um custo extra se precisar rodar distâncias adicionais em viagens de férias ou a trabalho. Mesmo se nos meses seguintes se mantiver abaixo da franquia contratada de 1.000 km/mês e a compensação deixar de ocorrer. É preciso ficar muito atento ao que está no contrato.

Desistir da assinatura antes do final do período também pressupõe encargos em geral mais pesados do que devolver um veículo financiado. Se o comprador é assalariado, contratou financiamento e perdeu o emprego ou a renda, ainda há opção de negociar com o banco ou financeira porque já pagou à vista no mínimo 20% do valor do automóvel como entrada, além das prestações. Depois de quitar todas as mensalidades, o carro ainda pode ser vendido e o valor servir de entrada para aquisição de outro.

Como regra geral, assinatura se torna vantajosa para casos específicos de quem reúne condições de pagar à vista, mas prefere administrar o valor do veículo no mercado financeiro e receber rendimentos. Para tanto deve dominar os meandros dos investimentos e ter um capital alto para aplicar. Isto significa que somente modelos de valor elevado ou muito elevado, caso de produtos importados, deveriam de fato atrair essa opção.

BMW quer consolidar liderança no mercado brasileiro

Líder do segmento de carros de alto padrão, o grupo alemão lançará 15 novos modelos BMW e Mini no Brasil em 2024. Entre as novidades confirmadas estão os novos BMW Série 5, X2 e Mini Cooper e os elétricos i5 e iX2. Última novidade de 2023 é o novo X7 M60i, versão esportiva do SUV grande de sete lugares.

Seu motor é um 4,4 L, V-8 biturbo a gasolina de 530 cv e 76,5 kgf.m com tecnologia de alternador reversível em motor de arranque (vulgarmente chamada de híbrido “leve”). Entre os itens de série inclui eixo traseiro esterçante e suspensão pneumática. Durante rápida avaliação no Autódromo Capuava, em Indaiatuba (SP) o X7 M60i se destacou como pacato no modo Conforto.

No entanto, se transforma ao se acionar o modo Sport Plus do jeito que contorna as curvas, responde ao acelerador e se exige dos freios sem perda de eficiência e precisão. Tudo isso temperado pelo ronco do motor que até faz esquecer de que se trata de um modelo de uso familiar. Preço para poucos: R$ 1.154.590.

O fabricante também disponibilizou o elétrico i7 para impressões ao dirigir no mesmo circuito. Recheado de mimos, o sedã de luxo privilegia quem anda no banco de trás. A tela gigante de 31 pol., sistema de áudio com mais de 30 alto-falantes e portas que se abrem ao toque de um botão estão entre as mordomias. Banco traseiro tem massageador e do lado direito vira praticamente uma cama digna de classe executiva de avião, se não houver um passageiro no banco dianteiro.

Motorista também não tem do que reclamar dos 544 cv, 66,3 kgf.m e alcance de até 479 km, segundo o ciclo PBEV (Inmetro). Além do comportamento irrepreensível nas curvas e conforto em alto nível, a suavidade de marcha e a sensação ao volante até fazem esquecer de que sua massa alcança assombrosos 2.595 kg. O bolso, no entanto, ficará aliviado em R$ 1.282.950.

No futuro veículos poderão “ouvir” para maior segurança

Sistemas baseados em Inteligência Artificial (IA) passarão a reconhecer eventos acústicos no entorno dos veículos. Hoje, o padrão é isolar ao máximo os ruídos externos como exemplo de perfeição de projeto para aumentar o conforto de motorista e ocupantes. Como resultado, elementos críticos para a tomada de decisões corretas ao volante são frequentemente ouvidos muito tarde ou nem isso.

No entanto, sirenes de ambulâncias, estradas com filme elevado de água, objeto preso em um pneu, campainhas de bicicletas e buzinas de motos podem fornecer informações importantes para quem está ao volante. Os veículos de amanhã serão equipados com um “sentido” de audição que lhes permitirá perceber esses sinais externos e aumentar a segurança do tráfego.

Estão em desenvolvimento sensores e algoritmos para monitoramento de ambiente acústico externo. Microfones e softwares inteligentes permitirão que os motoristas interajam com o ambiente no qual o veículo está, sem precisar abrir as janelas. Câmeras acopladas a recursos acústicos na frente, nas laterais e na traseira terão um papel relevante no aumento da segurança ativa e preditiva para prevenir acidentes.

Ainda não há previsão de quando esses recursos chegarão aos veículos. Estão sendo estudados pelo Instituto Fraunhofer de Tecnologia de Mídia Digital, em Oldenburg, cidade do Estado da Baixa Saxônia, na Alemanha.

Ranger Raptor foca em alto desempenho e visual exclusivo

Já à venda por R$ 448.600, nova versão aposta alto em potência e esportividade para se tornar a picape média mais potente e desempenho bem acima do que existe hoje no mercado.

Fabricada na Tailândia, tem a mesma distância entre-eixos da Ranger convencional, porém é 10 mm mais comprida (5.360 mm), 193 mm mais larga (2.208 mm) e 40 mm (1.926 mm) mais alta. As bitolas, 90 mm mais largas, as molas helicoidais em vez dos tradicionais feixes semielípticos na traseira e ambos os diferenciais autobloqueantes garantem desempenho superior em qualquer terreno.

As suspensões foram reforçadas e apresentam o maior curso do segmento: 256 mm na dianteira (32% maior que a Ranger) e 290 mm na traseira (mais 18%). Os amortecedores são do tipo competição com funcionamento ativo que se adapta às condições de uso.

Desenvolvida pela divisão Ford Performance, recebe um motor 3-L, V-6 biturbo, a gasolina, de 397 cv e 59,4 kgf·m. A fábrica informa 180 km/h de velocidade máxima, limitada eletronicamente, e aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 5,8 segundos.

A Raptor será comercializada por importação direta, sob pedido, por todas as concessionárias da marca.

 

 

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